VERTENTES DO CINEMA 2025

O ÍNICIO

O site Vertentes do Cinema foi criado como um impulso para ser uma nova opinião crítica sobre a sétima arte, mas também, principalmente, para ser um espaço total de liberdade de ideias e questionamentos. Durante muito tempo, os veículos midiáticos “precisavam seguir padrões sociais de conduta” e assim vários “podavam” os textos de seus escritores. Alguns muitos, inclusive esta foi a razão primordial de seu fundador Fabricio Duque, tinham suas críticas e matérias totalmente alteradas e – no cúmulo do absurdo – suspensas da publicação. Outras apareciam nos jornais e nas revistas como “tijolos” informativos sem nem mesmo o nome do jornalista responsável.  

O PROCESSO

De lá para cá, desde 2009, após quinze anos (completados em 17 de setembro de 2024), podemos dizer que foi um “trabalho de formiguinha”, até porque o Vertentes do Cinema adentrou em três outros dilemas. Um deles era a conservação total da liberdade crítica, que em muitos momentos foi “ameaçada” por “propostas tentadoras” que sinalizavam que deveríamos apenas “adequar nossas ideias ao produto”, pois é, trocando em miúdos: teríamos que abrir mão da liberdade para “ganhar dinheiro e sucesso”. A outra foi manter a linha editorial que sempre focou no cinema independente em detrimento do comercial, como por exemplo dar preferência a um filme filipino de onze horas. Pois é, outro desafio. E o último deles foi “lutar” pelo Cinema Brasileiro, com foco, destaque, pensamento crítico, nunca “puxando saco” e sempre pontuando elementos necessários e primordiais, para que assim pudesse servir como um estudo em processo e não de palavras definitivas. 

FESTIVAIS DE CINEMA

O Vertentes do Cinema foi criado semanas antes do Festival do Rio 2009, realizando todas as coberturas até 2023. Em 2013, foi o primeiro Festival de Cannes, com cobertura até 2024. Em 2014, o primeiro Festival de Berlim também até 2024. Em 2014, teve o primeiro Festival de Toronto. E em 2018, o primeiro Festival de Sundance. Depois vieram o Festival de Roterdã, Locarno, Mostra de São Paulo. Após isso tudo, os festivais começaram a convidar o Vertentes do Cinema, mas com a equipe reduzida, os nãos ficaram constantes. Para que isso não mais aconteça, precisamos de membros dispostos e disponíveis para fazer a cobertura dos festivais, especialmente os nacionais. Por exemplo, este ano tivemos convite e logística completa do Olhar de Cinema, mas tivemos que recusar e fazer a cobertura online porque ninguém da equipe atual podia ir. É lógico que cobrir um festival não é só escrever e ver filmes. Tem que participar das coletivas de imprensas, tem que fazer a social, tem que preparar conteúdo online. Trocando em miúdos, tem que “mostrar a cara” e apresentar trabalho. 

WEB DESIGNER

Durante anos, o Vertentes do Cinema passou por inúmeras mudanças para atender as demandas do publico. Podemos dizer que tiramos a sorte grande em ter conseguido um ótimo web designer. Mas também é muita coisa para um só programador. O site sempre precisa de se adequar a algo. Por exemplo, na pandemia, o foco era assistir aos filmes dentro em casa, nos streaming. Logo, nós criamos a categoria Em Casa. Antes, o foco era a categoria Estreias no Cinemas. Agora, o Estreia precisa voltar. E para isso, todos os filmes têm que ter críticas. O que fez o Vertentes do Cinema ser o Vertentes do Cinema foi a cobertura integral (de todos os filmes) em uma produção “insana” de conteúdo. Com a queda do número de membros, e com o esperado cansaço do único editor geral, a produção diminuiu e consequentemente os acessos também caíam. 

NOTÍCIAS, REVISTA DA SEMANA E TUDO SOBRE

O Vertentes do Cinema ao logo dos anos construiu sua credibilidade também pela informação. As notícias sobre cinema e audiovisual eram publicadas diariamente. A Revista da Semana listava tudo o que acontecia na semana, com críticas, dicas e tudo mais. Já o Tudo Sobre tornou-se um marco do site. Todos aguardavam, e aguardam, o Tudo Sobre que é tudo o que você precisa sair sobre um festival de cinema, mostra de cinema, retrospectivas e cineclubes. Todas essas categorias sempre deram muito trabalho, porque não era “copiar e colar” do release oficial e sim, estudar e fornecer sempre o extra campo. Ir além. Noticiar o que ninguém falava. Era quase uma “escavação”. 

AS CRÍTICAS

Outra categoria que ganhou destaque e credibilidade foram as críticas. Por termos liberdade total e irrestrita, as críticas eram sempre mais polêmicas, mais críticas, mais aprofundadas. Nós sempre acreditamos em uma outra forma de analisar um filme. De estudar o filme, de encontrar o que ninguém via, de dar uma nova opinião. Nós sempre partimos do princípio de que uma crítica é um processo. Nunca definitivo. E que um crítico precisa saber passar a ideia. Saber argumentar. Saber articular as palavras. E nunca, mas nunca, trazer suas predileções subjetivas. É lógico que isso é impossível. Até porque todo e qualquer ser humano, enquanto indivíduo social, sempre busca prevalecer sua ideia. Mas o que sempre trabalhamos foi com a dissociação. Assim como um ator precisa ser uma folha em branco quando prepara sua personagem, nós acreditamos que um crítico não deve ter e ser nada enquanto assiste a um filme. Outra coisa que trazemos para nossas críticas é a mitigação máxima do ego. Da prepotência. Da arrogância. Crítica não é dizer se gostou ou não. Crítica serve como um estudo in progress, até porque nós mudamos nossas percepções sobre um filme. E para complementar, nós sempre tentamos seguir o padrão Cahiers du Cinema da crítica, com o mínimo (sem máximo) de 700 palavras para longa-metragem e de 400 para curtas-metragens, mesmo durante um festival de cinema, que as críticas precisam ser escritas no mesmo dia. 

VÍDEOS E ENTREVISTAS

O Vertentes do Cinema também sempre se preocupou com entrevistas. Em ouvir o que os realizadores e equipe dos filmes tinham a dizer. Com isso, desde o primeiro ano, muito conteúdo foi produzido, mas muita coisa está guardada nos inúmeros HDs. O que fazer com todo esse conteúdo? Nós também passamos por muitos sustos. O Youtube nos baniu por conteúdo impróprio (um trailer de um filme de arte). O Vimeo também (um filme com nudez). Depois de tudo, o Vertentes do Cinema criou a sua própria plataforma exclusiva de exibição de filmes. Assim, com liberdade, podemos passar qualquer tipo de obra. Mas em 2024, o próprio Youtube nos mandou uma mensagem dizendo que errou em nos bloquear, que foi uma “falha de robô”. Então, nós finalmente, após anos, recuperamos nossa conta e estamos mais ativos do que nunca.

OS CURTAS-METRAGENS

O Vertentes do Cinema sempre gostou muito de curtas-metragens. Nunca viu um cinema menor, com menor importância. O que seria do cinema sem os Irmãos Lumière, George Méliès? Mas sim o curta-metragem sempre foi tratado como o primo pobre, tanto que seu tempo de validade é no máximo dois anos, enquanto um longa chega a dez. Assim, sempre exibimos curtas, que compartilhávamos os links do Youtube e Vimeo no site. Só que nós nunca podemos passar os “proibidões”. Aquele curta clássico brasileiro que “infringia a moral e os bons costumes da época”. Isso estimulou a criação da Mostra Um Curta Por Dia. 

MOSTRA UM CURTA POR DIA

A mostra nasceu de uma necessidade. De um outro impulso de nunca fazer um curta-metragem desaparecer, especialmente o Cinema Brasileiro. Ao resgatar um filme e exibi-lo, nós o acordamos e acendemos sua diversidade, memória, invenção e modernidade. A Mostra Um Curta Por Dia chega a seu décimo terceiro mês. Sim, o projeto inicial era de um ano, mas os 12 meses não foram suficientes. Assim, temos um projeto de um ano com 13 meses, que exibiu um filme diferente, todo dia, durante 24 horas, de forma gratuita,  sem cadastro, em plataforma única e exclusiva dentro do site Vertentes do Cinema, e sendo exibido no mundo (quase) inteiro (não conseguimos a Coreia do Norte). Isso expande janelas de exibição e por um momento resolvemos a “cota de tela”. Teve curta que atingiu sozinho 40 mil visualizações em 24 horas. Nem o Canal Brasil consegue isso com os filmes brasileiros. Nossa equipe é reduzidíssima: apenas duas pessoas (os próprios curadores). Clarissa Kuschnir que organiza a curadoria com Fabricio Duque, este que cumpre todas as função de receber os filmes, buscar as autorizações, colocá-los no formato da plataforma, para depois passar ao estagiário que os cadastra no site e faz as artes de divulgação. Sim, isso tudo sem edital, sem financiamento, sem apoio nenhum. E lembrando que toda essa equipe está nisso há 13 meses. Dia após dia. Somos a versão invertida de Robin Hood. Além de todas as outras mostras complementares: Premiados de Festivais e Sessões Especiais. 

COMO A MOSTRA UM CURTA POR DIA QUER SER?

A ideia inicial era que cada curta fosse um arquivo. Que tivesse a logo/comercial do anunciante, mais a apresentação do diretor (e ou de alguém da equipe e/ou algum crítico), mais a exibição do filme, mais um Q&A com ou sobre a obra de uns 20 ou 30 minutos, fechando com os nossos créditos e mais uma vez a logo/comercial do anunciante. Mas já fechamos que todo esse ano de 13 meses será reexibido na íntegra, como uma segunda chance, de primeiro de janeiro de 2025 até 31 de janeiro de 2026. E durante todo esse tempo, nós prepararemos o segundo ano inédito. 

ESPECIAIS, ARTIGOS E PODCASTS

O Vertentes do Cinema também sempre buscou estudar os realizadores, seus artistas e profissionais do cinema. E um Especial é isso: imergir na filmografia, escrever sobre todos os filmes e realizar uma matéria geral  (um artigo) alinhando e conectando tudo. Sempre fizemos artigos livres. E tivemos um programa de radio (que durou quatro anos), Vertentes do Cinema, na Radio Uerj sobre diretores. 

AS REDES SOCIAIS

Um dos grandes “calcanhar de Aquiles” do Vertentes do Cinema foi a questão das redes sociais. Alimentar uma rede requer tempo e conhecimento. E isso quer dizer que tempo será retirado da produção de conteúdo. Nossas redes sociais sempre foram com poucos inscritos. Começamos no Facebook, depois no Instagram. E nunca tivemos Twitter. E quase não alimentamos o Letterboxd. Mas nós sabemos que o segredo de “crescimento” está aí. Sim, mas também há um dado curioso: nosso acesso do site nunca caiu. Sempre subiu. E continua subindo muito a cada dia. Nunca conseguimos explicar o fenômeno. Acho que os cinéfiles gostam da gente.

TEXTO INICIAL DOS PRIMÓRDIOS DO VERTENTES DO CINEMA

A APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO DO VERTENTES DO CINEMA

“Porque um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos das gavetas e, de algum modo, começar”, de Amyr Klink.

Ao se idealizar um plano de negócios, a cultura é o elemento mais importante a ser considerado, e quando o foco é o compartilhamento da crítica cinematográfica, essa característica citada anteriormente torna-se essencial e vital para acontecer e se desenvolver de forma equilibrada e plana, claro, que respeitando as especificidades do produto. Até porque, todo conteúdo preza o usuário, proclamando-se assim nossa missão principal, autêntica, íntegra, comunicativa e de excelência subjetiva, este último adjetivo por representar a totalidade de nossos colaboradores/funcionários. Nós, do site Vertentes do Cinema acreditamos piamente na autonomia do pensamento, de começar a partir de noções primitivas, de não permitir que nos acomodemos, e também não alimentar a irrelevância com o passar do tempo. Apostamos muito no futuro com transparência, compartilhamento de ideias e toda cultura que contribua para as diversas situações que acreditamos e idealizamos em um projeto viável, simples sem ser simplista e que com voz a nosso público alvo que deseja consumir informação especializada (mas não inatingível).

UM POUCO DE HISTÓRIA

Em 17 de setembro de 2009, semanas antes do Festival do Rio, nascia o Vertentes do Cinema, um blog de opiniões críticas sobre filmes, com o objetivo inicial de documentar percepções e análises. Foi um trabalho de formiguinha, desde propagandas impressas em uma jato de tinta e fotografias digitais de espectadores, a fim de divulgar as primeiras postagens. O apoio tornou-se essencial. Agradeço a confiança de todos e cada um sabe o valor que tem aqui neste espaço. Em três anos, o blog site Vertentes do Cinema trabalhou para que o conteúdo fosse mais importante do que a estética, sem esquecer de uma diagramação prática e sem poluições visuais.

NOSSA EQUIPE DE PRODUÇÃO

“A necessidade de sobreviver e o senso de realização são importantes fatores motivadores. A solução da maior parte dos problemas está em nós”, de Amyr Klink.

Nós não buscamos profissionais trapaceiros, que podem ser entendidos como preguiçosos, de pouca integridade, egoístas, com ciúmes do sucesso do colega e levar o crédito pelo trabalho de outra pessoa. Não. Estes nós os cortamos com rapidez e sem hesitação. E sim, desejamos a soma de caracteres de maior impacto de uma equipe pequena com alta excepcionalidade, e também da arrogância, consequência natural do sucesso, vide a estrutura da cinefilia francesa da Nouvelle Vague, conduzidos por François Truffaut e Jean-Luc Godard. Então, com a coragem de correr riscos, unimos nossa equipe, os “criativos inteligentes” a alcançar os objetivos, os baseando em grandes inspirações técnicas de melhoria contínua, de inovação combinatória, e acima de tudo, criar produtos melhores. Nos especializamos buscando o potencial de expansão. Conteúdo humano em uma plataforma aberta e acolhedora.

NOSSOS PENSAMENTOS

“Às vezes você consegue coisas espetaculares das pessoas sem pagar mais, com apenas um sorriso”, de Amyr Klink.

O clichê da frase “Pensamos fora da caixa” pode e deve ser aplicado nos princípios éticos-morais de nosso site. Nós achamos que registrar os valores exclusivos seria bem mais útil que pensar exclusivamente em lucro. E, desta forma, quando a qualidade do produto prevalece é que galgamos o sucesso com base sólida e sem a necessidade de reconstruir pontos iniciais, não engessando o tempo futuro, tendo orgulho de nossos concorrente referenciais, mas não os seguindo.

AS VERTENTES

“A capacidade de buscar informações e aprender é que faz a diferença. E fazer bem feito o que se faz hoje valorizando os detalhes da observação e a capacidade de se comunicar”, de Amyr Klink.

Nós, do Vertentes do Cinema, acreditamos em três poderosas vertentes: a de que a informação está gratuita e on-line; a de que mais indivíduos usam seus dispositivos móveis; e a de que quase tudo se encontra na internet. Esta “nevem” possibilita que pessoas possam guardar e acessar suas informações de qualquer lugar. A convergência é estratégia e essência do nosso site, que cada vez participa mais como um banco de dados de críticas de longas, médias e curta-metragens, conteúdos exclusivos, entrevistas e notícias sobre a arte cinematográfica. É um espaço para conversar sobre os filmes. É um meio para segmentar e trocar informações. Hoje, três fatores de produção tornaram-se mais baratos: informação, conectividade e poder computacional. Essa correria comunicativa gera efeitos perturbadores. Se antes, a ideia era na hipótese da escassez com suas barreiras de entrada, agora, o resultado fundamental é a excelência do produto. Os consumidores, que são os leitores-espectadores que escolhem seus filmes – entre tantas opções e tanta informação – após lerem críticas embasadas que respeitam suas inteligências, opiniões e comportamentos, em hipótese alguma, precisam ser podados. E tampouco, esse público quer que contemos nada, e sim, que estimulemos o questionamento do porquê que esta obra fílmica possui tanta importância. Assim, nós possamos não pretensiosamente obrigar, pelo contrário, o que queremos é formar novas opiniões neste desenvolvimento mais flexível e aprofundado. Não contar, mas mostrar o caminho.

O PAPEL DA CRÍTICA

“Se não existissem limites, seríamos vegetais. Na medida em que existem limites que podemos ultrapassar, a vida fica interessante”, de Amyr Klink.

A Crítica de Cinema é o exame de um filme, feito de modo a estabelecer um valor comparado a um objetivo final, que possui características discursivas próprias, e que segundo Fernão Ramos, evoluiu de modo empírico, no sentido de uma busca de respostas aos questionamentos “com base em evidências disponíveis fora dos limites da mente do observador” e “formulam suas interpretações a partir de evidência inter-subjetivamente disponível no texto”. E finaliza que “a crítica é uma arte, não uma ciência”. A credibilidade embasada é a partida e sua regra intrínseca. O Papel da Crítica não é apenas traçar um panorama crítico-cultural-comportamental-geográfico-territorial de um país, mas também por tentar identificar similaridades, diferenças e especificidades de uma “linguagem crítica”.

“Inovação implica na produção e na implementação de ideias novéis e úteis”, de ric Schmidt e Jonathan Rosenberg.

De acordo com Rachel Barreto (2005), não há como se analisar e discutir o cenário da crítica cinematográfica atual sem olhar sua origem e trajetória. Ela afirma que para “pensar a trajetória da crítica, devemos relacioná-la, ainda, à evolução dos leitores e espectadores e de suas formas de relação e contato com o cinema e o jornalismo”. Nesse sentido, a evolução histórica da crítica de cinema está intimamente associada ao próprio surgimento e evolução do jornalismo cultural. Não há uma data específica que indique o nascimento do jornalismo cultural. Ainda assim, segundo Daniel Piza, a criação, em 1711, da revista diária “The Spectator” por dois ensaístas ingleses, Richard Steele e Joseph Addison, foi um marco dos momentos iniciais do jornalismo cultural. A intenção da revista era levar para os clubes, assembleias e cafés londrinos a filosofia que permeava o ambiente acadêmico. Livros, óperas, música, teatro e política eram discutidos pela publicação num discurso espirituoso, reflexivo e acessível.

“A estética do cinema será social ou o cinema dispensará a estética”, disse o crítico de cinema francês André Bazin, há quinze anos escrevendo, “nunca indiferente, nunca cético”, disse François Truffaut, um ensaísta, crítico, polemista, virulento, e que desempenhou essas atividades com o mesmo prazer que tinha ao dirigir um filme.

Segundo Mariana Cardoso, os artigos opinativos ainda eram uma das principais forças do jornalismo cultural, cenário que perdurou até o fim do século XIX, quando as críticas de arte conquistaram, inicialmente na França, um maior espaço nas publicações. É nas primeiras décadas do século XX que o jornalismo cultural começa a ganhar força no Brasil, tornando-se veículo para futuros grandes escritores nacionais que iniciaram a carreira como críticos culturais, entre eles Machado de Assis e José Veríssimo, este o grande crítico do período. A crítica foi ligada a uma função pedagógica, moldando o gosto da sociedade, “aliada a uma função recreativa, sendo a continuação do prazer dos espetáculos ou, para aqueles que não tinham acesso a eles, seu substituto” (BARRETO, 2005, p.13). O crítico profissional ganhou mais espaço nos jornais e revistas após a geração de Machado de Assis e José Veríssimo. Esse crítico “não só analisa as obras importantes a cada lançamento, mas também reflete sobre a cena literária e cultural” (PIZA, 2003, p.32).

A revista O Cruzeiro, em 1928, é destacada como um dos marcos do jornalismo cultural no país. Sua linha editorial era voltada às crônicas e a crítica literária. Raquel de Queiroz, José Lins do Rego e Vinícius de Morais estavam entre os renomados colaboradores da publicação. Segundo Cardoso (2010), a realidade política, econômica e social do Brasil nos anos de 1950, juntamente ao reconhecimento do cinema como arte, foram contribuições primordiais para o auge da crítica cinematográfica no país. Aliado ao cenário nacional, destacam-se influências externas como a era de ouro de Hollywood, o neorrealismo italiano – responsável por revolucionar a estética do cinema ao adotar locações reais e atores não profissionais no final da década de 40 – bem como o revisionismo da crítica cinematográfica promovido por críticos daquele país e a criação, em 1951, da revista Cahiers du Cinéma pelo crítico e teórico André Bazin. Nas décadas seguintes, a expansão da crítica segue seu curso ascendente, alavancada por novos avanços tecnológicos e de linguagem que propiciaram ao cinema um dos momentos mais ricos de sua história.

Daniel Piza (2003, p. 07) acredita não se tratar apenas de uma perda de espaço, mas também “de uma perda de consistência e ousadia e, como causa e efeito, uma perda de influência”. E com o intuito de recuperar, não de forma saudosista, a essência da Crítica de Cinema é que criamos este espaço. Nós acreditamos que as obras cinematográficas documentam e retratam épocas, comportamentos, transformações, modas, ações e acontecimentos históricos. O CINEMA é a arte mais completa que existe, porque mescla fotografia, imagem, música, som, vozes, diálogos, narrativas, ideias, liberdades, idiossincrasias, e todo os elementos culturais de povos retratados.

A ESSÊNCIA DO VERTENTES DO CINEMA

O Vertentes do Cinema é um espaço que tem como objetivo mostrar subjetividades a quem também é louco por filmes. Aqui se encontra o passaporte, não pretensioso, ao mundo da cinefilia. O leitor é respeitado e encontrará uma nova opinião sobre a sétima arte com informação, dicas, estreias, especiais, curiosidades, entrevistas, vídeos e a análise detalhada dos filmes propriamente ditos. É um meio para segmentar e trocar informações. Nós entendemos nosso contexto.

AS METAS DO VERTENTES DO CINEMA

“Uma ação só poderá ser decisiva se for decidida”, de Ollivier Pourriol.

Assim, estabelecemos metas e um mapa dos produtos que trarão uma competência divertida. Quando dizemos diversão, queremos agregar a paixão incondicional de nossos críticos-jornalistas pela Sétima Arte. Só o Cinema possibilita transcender horários, sacrificar a família e a vida pelo trabalho, e não vemos isso como uma escravidão. Pelo contrário, é uma libertação decidida e aceitada sobre o estilo de vida que querem ter e conjugar. É fato que os humanos são territoriais por natureza, e é a habilidade identificável individual que motiva e estimula os próprios quereres. Por exemplo, assistir três ou quatro filmes por dia, ler os catálogos informativos, participar das coletivas de imprensa e escrever sobre eles no mesmo dia não é para qualquer um. Tem que existir o amor pleno, assim como toda e qualquer profissão. Sempre há uma maneira mais eficiente, mais uma forma de se contar uma história e mais uma solução.

“Você concorda em ter dias longos, noites sem dormir e talvez perder algumas festas de aniversário. Vai contratar pessoas que precisam acreditar em você e na sua ideia a ponto de estarem dispostas a fazer os mesmos sacrifícios. Para realizar seus objetivos, você terá que ser louco o suficiente para achar que terá êxito, mas são o bastante para concretizá-los. Isso exige comprometimento, tenacidade e, acima de tudo, obstinação. Quando os chefes de carro de combate entram em batalha, eles gritam “Ah’cha’rye (Siga-me)”, disse Eric Schmidt e Jonathan Rosenberg.

OS TRABALHADORES DO CONHECIMENTO

“Se você não envolve o seu esforço, é muito difícil que alguém vá apostar na sua ideia. O que sei é que a sinceridade do propósito do projeto tem que ser evidente, gritante”, de Amyr Klink.

O termo foi cunhado pelo guru da administração Peter Drucker, em 1959, no livro “Fronteiras do Amanhã”. Nós buscamos profissionais com um profundo conhecimento de inteligência analítica, competidora, inovadora, usuária, de muito trabalho, curiosa, questionadora, nunca satisfeita, arrojada, independente, acessível, meticulosa, expansiva, nunca limitadora e comunicativa. O candidato ideal tem paixão, intelecto, integridade e um ponto de vista único. E consiga “abrir o diafragma”. No Vertentes do Cinema, todos estão certos em seus ideais e em suas estruturas da escrita.

NOSSOS PRINCÍPIOS OTIMIZADOS

“O trabalho tem que ser uma complementação do bem-estar”, de Amyr Klink.

O Vertentes do Cinema emoldurou a estratégia em um projeto elaborado de acordo com as necessidades específicas do nosso site, mantemos a relevância, analisamos a viabilidade (conhecendo nossos limites e restrições), gerenciamos os riscos, listamos os benefícios, e tudo dentro do orçamento disponível, trabalhamos com dois tipos de resultados: orgânicos e patrocinados, sem, logicamente, alterar e ou deturpar a crença máxima da liberdade de expressão sem ofender e ou denegrir nenhum ser existente em nosso Universo. Nós focamos nas verificações constantes do tempo de carregamento das páginas; disposição das informações; e o caminho crítico do usuário até a meta.

NOSSO PÚBLICO-ALVO

O Vertentes do Cinema tem como característica intrínseca a de não limitar a um determinado público. Porque, nós do site, que possuímos um amor incondicional ao cinema, acreditamos que  é possibilitado a todo e qualquer ser humano o direito de “acordar” gostos e vontades por filmes mais autorais, sem que se exclue as investidas assistidas aos filmes comerciais. Por exemplo, há um caso de um produtor carioca, ultra mega independente, que era atleta do judô, e por causa de uma lesão que o tirou dos jogos olímpicos, abriu uma produtora com filmes de esportes. Neste processo, ele, chamado Cavi Borges, percebeu o filão ao observar que cinéfilos de plantão alugavam obras cinematográficas clássicas. Sua curiosidade fez com que começasse a assistir aos mesmos filmes que alugava e assim, foi despertado à lapidação mais sensível desta arte que inclui exemplos iranianos monocromáticos de silêncios devastadores em longos períodos que chegam a durar sete horas. Se precisarmos resumir o público alvo, então poderemos defini-lo como curiosos, cinéfilos, ou espectadores ao acaso.

“O espectador não entra na escuridão e no anonimato confortável do cinema como num túmulo, colocando sua vida entre parênteses enquanto dura a projeção. Duvidar quando era preciso, crer quando era preciso, e sempre certificar-se de si. É uma espécie de autismo intelectual”, de Ollivier Pourriol.

O QUE QUEREMOS PASSAR COM A LOGO

A logo necessita ser leve, livre, simples, contínua, rebuscada, não elitista. Mas também não ser altamente popular. Precisa ter uma elegância naturalista, espontânea, de essência cinematográfica, como se sempre buscasse algo mais, sempre mais informações, e que nunca seja limitada, como fechar linhas em pequenos espaços. Trocando em miúdos, uma linha contínua, arrendada, como se fosse os rolos de uma película cinematográfica que saem de uma câmera estilizada que parece estar sempre em movimento.

AS CORES

As cores primárias do Vertentes do Cinema são preto e vermelho. O primeiro representa o classicismo nostálgico da história do cinema. Já o vermelho representa a paixão incondicional. A chama que nunca acaba. O fogo que corrói a vontade de sair de casa em um dia frio, ou até mesmo chuvoso, ou até mesmo com alagamentos torrenciais para unicamente assistir a um filme que já se viu mais de dez vezes. É o amor puro, sem ressalvas, passional, como um filme de Almodóvar, que une elegância com cotidiano espontâneo. Amor e técnica. Sangue e razão. Lógica e descontrole.

AS FORMAS

Como já foi explicado, as formas tem que ser livres, leves e fornecer continuidade. Não aos triângulos e aos quadrados. Nada que feche, que limite, que mitigue, que prenda, que aprisione, que sufoque. E sim a tudo que liberte o ser (neste caso o espectador cinéfilo) de sua própria vontade. De seu querer mais íntimo. De seus instintos mais obscuros. E ao mesmo sendo celestial, puro, único, excessivamente magistral, verborrágico, hiperbólico, e que cause uma esperança desesperadora, de se entregar sem limites, sem ressalvas, a um mundo mágico, lúdico, louco, libertário, transgressor, iluminado, nostálgico, amigo, confrontador, impuro, sacana, decisório, burlesco, animador, excitante, e inesperadamente perturbador.

PRINCIPAIS VISUALIZAÇÕES

A logo será usada no site (computador, tablet, celular e aplicativo), nos documentos oficiais como envelopes, cartas, folhas timbradas, etiquetas, cartões de visita. E também em revista digital, revista impressa, vídeos exclusivos e comercial de televisão. Portanto, há necessidade de integrar funcionalidade, leveza, compatibilidade, que seja agradável aos olhos, que crie identificação, amizade, cumplicidade, e definitivamente uma aura de credibilidade.

“O Cinema nos salva do tédio e da indigente realidade do mundo moderno. Seus costumes vigentes. Para Descartes, do domínio do pensamento ao da ação, os valores se invertem”, de Ollivier Pourriol.

A ARQUITETURA VISUAL

Depois de muito analisar a arquitetura da Home, nós percebemos que um dos objetivos essenciais e primordiais do Vertentes do Cinema, quase um conceito raiz, é simplificar ao máximo a busca, assim como Steve Jobs sempre pensou (vide o site que criou da Apple) e que dizia sempre que o cliente não sabia realmente o que queria e a Apple precisaria mostrar o caminho do querer. Então, nós buscamos a expressão do “menos é mais”, em que o público, que acessa o espaço, possa encontrar com rapidez e facilidade o que procura. E imaginando a arquitetura de vendas de um supermercado e ou uma loja de roupas, observamos também que este consumidor expande com mais itens a lista que organizou para comprar. Portanto, objetividade e marketing inteligente. Nosso conteúdo abordará diariamente CRÍTICAS DOS FILMES LONGAS E CURTAS-METRAGENS; ENTREVISTAS EM VÍDEO E TEXTO; FESTIVAIS DE CINEMA; NOTÍCIAS; PODCASTS; MOSTRAS DE CINEMA; CINECLUBES; EVENTOS; e muito mais.

“Só tem sorte quem busca. E trabalhar em algo de que se goste, essa é a minha mensagem. O simples fato de plantar vale a pena”, de Amyr Klink. E assim, concluímos que todos nós do Vertentes do Cinema investimos garra, força, vontade, paixão, suor, tudo pelo amor incondicional ao Cinema. E nós damos a cada fruto, um sentido, um caminho, uma vertente.

BIBLIOGRAFIA

“O TEXTO E A FORMA DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA: UM ESTUDO COMPARATIVO EM DIFERENTES MEIOS”. de MARDEN RICARDO LEITE CHAVES. Viçosa-MG – Curso de Comunicação Social – Jornalismo – 2013;

“COMO O GOOGLE FUNCIONA”, de ERIC SCHMIDT e JONATHAN ROSENBERG – Editora Intrínseca, 2014;

“VERTENTES DO CINEMA”, site criado em 2009 (www.vertentesdocinema.com.br)

“GESTÃO DE SONHOS – RISCOS E OPORTUNIDADES”, de AMYR KLINK – Editora Casa da Qualidade, 2000;

“SEO – OTIMIZAÇÃO DE SITES: APLICANDO TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO DE SITES COM UMA ABORDAGEM PRÁTICA”, de ERICK BELTRAMI FORMAGGIO – Editora Brasport, 2010;

“O PRAZER DOS OLHOS – ESCRITOS SOBRE CINEMA”, de FRANÇOIS TRUFFAUT – Editora Jorge Zahar Editor, 2000;

“CINEFILÔ – AS MAIS BELAS QUESTÕES DA FILOSOFIA NO CINEMA”, de OLLIVIER POURRIOL – Editora Zahar, 2008;

“O CINEMA E A PRODUÇÃO – PARA QUEM GOSTA, FAZ OU QUER FAZER CINEMA”, de CHRIS RODRIGUES – Editora Lamparina, 2007.