Direção: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud
Roteiro: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud, Laurent Debas, Stéphane Durand, Laurent Gaudé e François Sarano
Narração: Pierce Brosnan
Fotografia: Luciano Tovoli, Simon Christidis, Luc Drion e Philippe Ros
Música: Bruno Coulais
Direção De Arte: Arnaud Le Roch
Edição: Vincent Schmidt e Catherine Mauchain
Produção: Jacques Perrin e Nicolas Mauvernay
Distribuidora: Playarte
Duração: 100 minutos
País: França / Espanha / Suíça
Ano: 2009
COTAÇÃO: MUITO BOM
“Oceanos” permite ao espectador mergulhar no universo do fundo do mar, complementado pela narração existencialista, poética e realista de Pierce Brosnan, um dos atores que interpretou “007”. Aproximadamente três quartos da superfície terrestre é coberta pela água. O documentário dos diretores Jacques Perrin e Jacques Cluzaud , de “Migração Alada”, de 2001, sobre a vida dos pássaros, mostra imagens impressionantes e de rara beleza, descobrindo vários mistérios escondidos nas águas e revelando a vida de incríveis criaturas e os perigos que as cercam, revelados de uma forma única na história. O filme, produzido pela Disney Nature, inicia-se com crianças brincando e correndo para olhar a imensidão do mar. Elas representam o futuro.
A pergunta implícita “Será que repetirão os mesmos erros que nós cometemos ou salvarão o planeta?” fica no ar, sendo impossível não a questionar. Por quatro anos e muitas cameras de alta definição, espalhadas por variadas posições, colocadas em aviões, pedras, mergulhadores. Comportam-se como parte integrante do sistema, conseguindo ações e reações incríveis, que mostram, visceralmente, como a natureza conduz o seu ciclo. Assemelha-se ao ser humano, quando expõe a batalha entre os mais fracos e os mais fortes. Vence quem está melhor preparado. Acima de tudo, é um longa etnográfico, porque há referência explícita ao nosso estilo de vida. Como a mãe que protege o seu filho, outras que abandonam seus ovos, os deixando “caminhar pelas próprias pernas”. O espectador vive a experiência de um episodio do National Geographic, porém com mais informação e qualidade. Aprende-se que de mil tartarugas que nascem na areia de uma praia, apenas uma chega ao mar em segurança. Os predadores atacam transpassando o quão perigoso e cruel é a natureza.
Outro elemento importante do filme, que o diferencia de um documentário comum, é a forma como retrata os animais. São humanizados e recebem características humanas. Como se faz isso? Paciência, naturalidade e o uso do zoom (aproximação) no momento certo, na hora exata. Com a opção de não correr com a imagem, vive-se a possibilidade de assistir ao balé dos peixes, dos golfinhos e a batalha dos siris. Conhecemos tipos marinhos extraordinários (feios, em um primeiro momento, e curiosos). Apreciamos o mundo próprio (os seus cotidianos) de cada ser, em bando e ou no seio familiar, como por exemplo, o peixe-palhaço. Com este, lembra-se de “Procurando Nemo”. E sofremos com a matança de outros por um tubarão (para a sobrevivência). O longa é um pedido de socorro, expressado de dentro para fora, explicando o problema, a causa e a solução. Concluindo, é um filme que encanta, emociona e torna-se extremamente necessário, principalmente quando presenciamos um desses seres chorar. Vamos salvar o planeta, começando por assistir a este filme! Recomendo. Em cópias convencionais e em 3D.
Dirigiram “Migração Alada”, em 2001, sobre a vida dos pássaros. Consideram “Oceanos”, como “uma ópera da natureza”.