Ah! Sempre a Humanidade!
Por Fabricio Duque
A principal maestria da saga “Planeta dos Macacos” é sua habilidade em desenvolver camadas sócio-comportamentais políticas em metáforas sobre a existência dos humanos que cada vez tornam-se mais animais irracionais e mais patologicamente individualizados. A mutação simbólica dos macacos que ganham inteligência representa o perigo reverso. Nossas ações nos tornam vulneráveis, orgulhosos e imponentes. O medo da perda de status faz com que humanos entrem em guerra. Não só com os símios.
Sim, outra mensagem. A de que criamos guerra por tédio e ou por falta de coisa melhor para fazer. Usamos desculpas para destruir e matar fingindo preocupação com a humanidade. Na moderna versão da saga, “Planeta dos Macacos: A Guerra”, dirigida por Matt Reeves e baseada livremente na “Batalha do Planeta dos Macacos”, de J. Lee Thompson, 1973, os humanos entram em confronto com esses mutantes que representam índios e negros para conquistar território deles como seus, como um jogo infantil de poder.
Humanos e macacos cruzam os caminhos novamente. César e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel. Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.
César, ainda mais evoluído que o passional Koba, dotado de lógica, razão e tolerância, coloca em xeque o orgulho do ditador Coronel (Woody Harrelson) por estimular que um líder governa com respeito e não pelo medo. Seus “soldados” são amigos e entendem o valor de desistir para sobreviver. Quando nós humanos brigamos como crianças mimadas, os símios precisam revidar e colocar literalmente fogo em uma Roma não geográfica que mais parece um campo de concentração a fim de salvar a própria espécie da extinção. “O Planeta dos Macacos: A Guerra” é feito pelos, dos e aos macacos.
O ator Andy Serkis veio ao Brasil para promover o lançamento de “Planeta dos Macacos: A Guerra” e disse que “Não tem nada previsível nesse filme. O tema principal é a empatia. Eu amo esse mundo, eu amo a franquia e a metáfora com os macacos”. O longa foi realizado em 5 meses e meio, período que Serkis definiu como uma jornada incrível. “A filmagem foi muito sombria para o Cesar. Em todos os dias de set havia uma intensidade muito grande”.
Em Planeta dos Macacos: A Guerra, o terceiro capítulo da aclamada franquia, César e seus macacos são forçados a um conflito mortal contra um exército de seres humanos liderados por um Coronel implacável. Depois que os macacos sofrem perdas inimagináveis, César luta contra seus instintos mais escuros e começa sua própria busca mítica para vingar sua espécie. À medida em que a jornada finalmente os coloca cara a cara, César e o Coronel se enfrentam em uma batalha épica que determinará o destino de suas espécies e o futuro do planeta.
Nesse espetáculo de mitologia cinematográfica, o público vê acontecer o momento crucial que define para sempre o destino da civilização humana, e acompanha de perto o drama emocional de César, líder dos macacos, na liderança de sua jovem sociedade em busca de um novo lar, enquanto uma guerra entre sua crença na honra e na família e a tentação da vingança tortura a sua alma.