Cerimônia de Abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2022

Cerimônia de Abertura

Mostra de Cinema de Tiradentes 2022

Cerimônia de Abertura

Por Vitor Velloso

A cerimônia de abertura da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes não poderia iniciar sem citar Elza Soares, que faleceu no dia anterior. Assim, a Universo Produção preparou uma singela homenagem para a lendária cantora, começando com “Hoje é dia de festa”, passando por “Amarelo, azul e branco”, “Um Corpo no Mundo” e “Olho de Boi”. Em seguida, foram retomados alguns depoimentos de edições anteriores da Mostra, para celebrar os vinte e cinco anos da Mostra, assim como ressaltar a importância do evento para o cinema brasileiro.

Raquel Hallak, emocionada, leu um discurso que falava sobre a dificuldade dos tempos atuais e da necessidade de ter transferido os eventos presenciais para a modalidade virtual, notícia que veio à tona uma semana antes da realização da Mostra.

Criação e Direção: Chico de Paula e Ricardo Alves Jr.
Roteiro: Chico de Paula, Ricardo Alves Jr. e Raquel Hallak
Artistas: Aisha Brunno, Barulhista, Lira Ribas, Marcelo Dai, Marcelo Veronez, Nath Rodrigues
Produção: Cecília Gabrielan e Silvia Carolina Ferreira
Câmeras e Transmissão ao Vivo: Sim! Conteúdo Audiovisual
Motion Design: Raquel Pinheiro
Figurinos: Apartamento 03 e Virgínia Barros
Locução: Grazi Medrado
Som Direto: Rogerio Penido | QR Soluções
Iluminação: Marina Arthuzi
Direção de Fotografia: Janaina Patrocinio
Fotografias: Leo Lara/acervo Universo Produção
Cessão de Imagens – acervo Universo Produção, Macaca Filmes e Arquipélago
Empresa Produtora: Universo Produção

Relembre a cobertura da Mostra de Cinema de Tiradentes 2021

Já adentrando na temática da atual edição, “Cinema de Transição”, a cerimônia de abertura exibiu trechos de algumas obras que estão na programação da Mostra.

“O cinema brasileiro, frágil em sua estrutura, resiste em persiste e está vivendo o que se afigura como a maior transição desde a popularização do aparelho televisor. Afetado também pelo contexto artístico, midiático, social e político essa transição do audiovisual nos contamina, entre o presencial e o híbrido, e se torna o centro de debate da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes.”

Já no debate em torno do homenageado da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, estavam presentes Adirley Queirós | DF, que recebeu o troféu redentor, Cristina Amaral – montadora | SP, Dácia Ibiapina – cineasta | DF, Francisco Craesmeyer – técnico de som direto | DF, mediado por Lila Foster – curadora | DF.

Dácia Ibiapina, que foi professora de Adirley na UnB, comentou sobre a energia de Adirley para pensar o cinema e o Brasil:

“Eu queria dizer que Adirley é um cineasta que tem um pensamento sobre cinema, mas também tem sobre o mundo: cinema, política, vida, sobre o Brasil e o Adirley verbaliza seus pensamentos muito bem. Tanto nos filmes quanto nos debates.”

Ao referir-se à outros debates que o cineasta participou, Dácia ressaltou que “o cinema de Adirley tem muitas referências, umas mais sutis e explícitas: futebol, rap, grafite, freira, setor de oficina” – Adirley dá umas boas risadas. A solidão é mais sútil, mais dissimulada.”

Cristina Amaral falou muito sobre a dedicação do diretor para que a produção seja possível, sobre como o set de gravação de seus filmes são e ressaltou sua responsabilidade com todos envolvidos, lembrando de uma vez que viu Adirley sentado no chão do metrô de Ceilândia, conversando com sua equipe, assemelhando-se a “conversa de aldeia indígena”.

“Quando você estabelece essa relação como processo de trabalho, é muito lindo, enriquecedor. Abre espaço para troca, todo mundo sai com alguma coisa a mais no processo de trabalho e muita conversa.”

Adirley Queirós ao comentar sobre sua entrada no cinema e agradecer à todos presentes, por fazerem parte de sua formação e de sua vida declarou que:

“Entrar por acaso no cinema tem muitas vantagens, não é que você tenha que seguir a ideia de profissão. O que interessa são as pessoas que você encontra, os filmes que a gente faz são sempre filmes de encontros e esses encontros, como tá tudo na vida. Isso que eu acho de fazer cinema, a possibilidade de se encontrar com o mundo, mas também não idealizar esse mundo, esse lugar que você faz, é um lugar como outro qualquer, é trabalho e todas as relações de trabalho estão implícitas e juntas ali. O que a gente tenta fazer talvez, seja se unir e tentar fazer com que isso aconteça.”

A 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes teve sua noite de inauguração, dando lugar à programação gratuita e totalmente online. Fique ligado no Vertentes do Cinema para acompanhar a cobertura diariamente.

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