Direção: Neal Brennan
Roteiro: Andy Stock e Rick Stempson
Elenco: Jeremy Piven, Ving Rhames, James Brolin, David Koechner,
Kathryn Hahn, Ed Helms, Jordana Spiro, Will Ferrell
Fotografia: Daryn Okada
Música: Lyle Workman
Montagem: Michael Jablow e Kevin Tent
Direção de arte: Robert W. Joseph
Cenários: Roya Parivar
Figurinos: Mary Jane Fort
Produção: Will Ferrell, Chris Henchy, Adam McKay e Kevin J.
Messick
Produção executiva: Louise Rosner
Distribuidora: Europa Filmes
Estúdio: Gary Sanchez Productions
Duração: 90 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2009
COTAÇÃO: FRACO
A opinião
Uma música country nostálgica inicia o filme que aborda vendedores fracassados de uma loja de carros. O local não é respeitado. Há recorrentes roubos e brigas entre os funcionários. “Achei que um Smurf (personagem azul de desenho animado) tivesse gozado na minha cara”, quando uma bomba azul em um envelope explode. É o caos. O dono da loja precisa recuperar as rédeas e toma uma decisão radical e drástica: chamar um mercenário, que faz de tudo para realizar uma venda, que possui um alto nível de persuasão, que consegue vender qualquer carro para qualquer um.
Uma equipe de caras espertos e mercenários, que pensam rápido e que vendem carros com facilidade e malandragem, é contratada pela Selleck Motors para tentar salvar uma loja de revenda de carros da falência. A comédia dos diretores de “Ricky Bobby – A Toda Velocidade” (Talladega Nights) e “Quase Irmãos” (Step Brothers). Descuidado, picante e politicamente incorreto, o filme “Carros Usados, Vendedores Pirados!” é um automóvel de 500 cavalos de força que trabalha sem parar num feirão de vendas de três dias.
Com discursos e diálogos para a realização de seus quereres próprios, Don Ready (Jeremy Piven – do seriado “Entourage” da HBO) , especialista em vendas rápidas, com esquemas muito loucos, tem a missão de vender todos os carros de uma loja com problemas financeiros. Piven foi muito recentemente visto no filme do diretor Guy Ritchie “A Grande Roubada” (Rocknrolla) e, nesse último outono, fez seu debut na Broadway no remake da peça de David Mamet “Speed the Plow” (Speed the Plow).
Para isso terão que treinar a equipe incompetente da loja e enfrentar a concorrência desleal de outra revendedora. A cena do avião expressa o caminho que a trama deseja percorrer. Ele consegue fumar onde é proibido e ainda ser aplaudido por isso.
O filme apela para os que não se importam em serem manipulados por tramas bobas e sem conteúdo. Flashbacks narrados, com a crença de que estão inovando cinematograficamente e transformando o roteiro em alternativo, usando o humor sarcástico. Mas não consegue o objetivo. O que se pode absorver: piadas velhas e mal contados; o próprio clichê do não clichê. A repetição de se fazer graça irônica atinge o patético. A prepotência do diretor de não realizar um longa pretensioso cai por terra, talvez por sua inexperiência e ingenuidade por confiar tanto em si mesmo. Há referências ao ator principal de “Dawson´s Creek”, a “Guerra nas Estrelas”, a filmes pornôs, a músicas antigas, aos Backstreet Boys (como “banda revolucionária da música”).
Os tipos da trama são rotulados como idiotas e o preconceito estranho e rude também. Há questionamentos sobre sexo surreal. O protagonista apresenta-se sincero e grosso, sem medir palavras. Com músicas de efeito, frases também de efeito. “Venda o metal”. ” A única coisa que confio neste mundo é carros”, diz confiante em si, não abaixando a guarda e vivendo na defensiva. “Você é frio e quente”, redarguiu. O roteiro se perde. Filho que aparece do nada, dj musical que fica extremamente irritado quando alguém pedi uma música.
Há momentos engraçados. Como a cena que faz alusão de que vendas são batalhas. Depois vira um grande circo. Música de faroeste para criar o clima de um momento, anjos (um deles Will Ferrel) desbocados e sacanas. Mas não salva o longa. Não recomendo.
Neal Brennan é o co-criador do “Chappelle’s Show” no Comedy Central. No ano de 2004, ele recebeu três indicações ao Emmy pelo show, incluindo Melhor Show, Melhor Roteiro e Melhor Diretor para o projeto de Rick James. O filme “Carros Usados, Vendedores Pirados! “ (The Goods: Live Hard, Sell Hard) é a sua estreia no cinema.
O Roteirista
Andy Stock co-escreveu o roteiro para o filme “Balls Out: Gary the Tennis Coach” (Balls Out: Gary the Tennis Coach)”, com Rick Stempson, que ganhou no ano de 2005 a Competição “BlueCat Screenplay Contest”. Stock recebeu um título de doutorado em Teoria Política da Universidade de Colorado, em 2004, e outro título de Doutorado Juris (Juris Doctorate) da Faculdade de Direito da Universidade do Texas em 2006.
Ele atualmente vive na cidade de Lincoln, em Nebraska.