Balanço Geral e Vencedores do Panorama Internacional – Coisa de Cinema 2025
A 20ª edição aconteceu de 02 e 09 de abril em Salvador (e em Cachoeira) e reforçou o compromisso do festival com a valorização do cinema independente e autoral
Por Vitor Velloso
Chegou ao fim a 20ª edição do Panorama Internacional – Coisa de Cinema, um dos mais importantes festivais do circuito audiovisual brasileiro. Realizado entre 02 e 09 de abril, em Salvador e Cachoeira, o evento consolidou sua trajetória de duas décadas com uma programação diversa, que incluiu mostras competitivas nacionais, internacionais e baianas, além de debates, oficinas e ações formativas.
A edição comemorativa reforçou o compromisso do festival com a valorização do cinema independente e autoral, reunindo filmes que abordam temas contemporâneos e urgentes, sob diferentes perspectivas estéticas e narrativas.
Desde sua estreia com salas lotadas e mais de seis mil espectadores, o festival consolidou-se como espaço essencial para o cinema independente. Com mais de 110 filmes na edição de 2025, incluindo títulos baianos, nacionais e internacionais, o Panorama amplia seu alcance com sessões competitivas e uma mostra de filmes restaurados, como “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, e “Iracema, uma transa amazônica”, de Jorge Bodansky, que estará presente no evento.
O festival também lança o I Seminário de Exibição, reunindo exibidores de todo o país para discutir políticas públicas e estratégias de fortalecimento das salas de cinema. O evento chama atenção para a baixa presença do cinema brasileiro no mercado interno e defende ações concretas para garantir que os filmes nacionais encontrem seu público.
Com apoio do Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador e do Instituto Flávia Abubakir, o Panorama segue como um dos principais espaços de resistência, celebração e fomento ao cinema brasileiro.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DO FESTIVAL PANORAMA INTERNACIONAL – COISA DE CINEMA 2025
COMPETIÇÃO BAIANA
- Melhor curta: Ymburana, de Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã
- Melhor longa: WR Discos – Uma invenção Cultural, de Nuno Penna e Maira Cristina
- Prêmio de atuação: Gilson Ferreira e Durval Braga, por Amor não cabe na sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
- Prêmio de Direção: DF Fiuza, por Palavra
- Prêmio de Direção de Arte: Alice Braz, por Meu Pai e A Praia, de Marcos Alexandre
- Prêmio de Fotografia: Gabriel Teixeira, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
- Prêmio de Montagem: Igor Caiê Amaral, por Catadoras, de Dayse Porto
- Prêmio de Roteiro: Mariana Jaspe e Muriel Alves, com colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira, por Quem é Essa Mulher? de Mariana Jaspe
- Prêmio de Som: Dudoo Caribe e Danilo Duarte, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
- Melhor Curta: Sal Marinho, de Leila Basma (LÍBANO e QATAR)
- Melhor Longa: Caminhando no Escuro, de Kinshuk Surjan (ÍNDIA, BÉLGICA, NLD)
COMPETIÇÃO NACIONAL
- Melhor atuação: Mayara Santos, por Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Direção: Milena Times, por Ainda não é Amanhã
- Melhor Direção de Arte: Juliana Lobo, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Filme: Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Montagem: Affonso Uchôa, Fabio Meira e Juliano Castro, por Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Roteiro: Bernard Lessa, por O Deserto de Akin, de Bernard Lessa
- Melhor Som: Marcos Lopes, por A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
JÚRI DAS ASSOCIAÇÕES (APAN, APC, Autoriais)
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
Competitiva Nacional
- Melhor Curta: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
- Melhor Longa: O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
Júri Jovem
Competitiva Baiana
- Melhor Curta: Bárbara, de Vilma Carla Martins
- Melhor Longa: Catadoras, de Dayse Porto
Competitiva Nacional
Melhor Curta: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
Melhor Curta: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr.
Melhor Longa: Ainda não é Amanhã, de Milena Times
JÚRI OFICIAL
Competitiva Nacional
- Curta-metragem – Melhor Filme: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
- Longa-metragem – Melhor Filme: Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção: Milena Times, por Ainda não é Amanhã
- Melhor Roteiro: Bernard Lessa, por O Deserto de Akin, de Bernard Lessa
- Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor atuação: Mayara Santos, por Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Montagem: Affonso Uchôa, Fabio Meira e Juliano Castro, por Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção de Arte: Juliana Lobo, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Som: Marcos Lopes, por A Queda do céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
Júri Popular Cachoeira
- Melhor Curta Baiano: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
- Melhor Longa Baiano: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
Prêmio AEXIB (Seminário de Exibição)
- O último azul, de Gabriel Mascaro — tem exibição garantida em pelo menos 40 salas de cinema
Prêmio Atelier Rural (PanLab de Montagem)
- Ópera dos Sapos, montado por Daniel Correia e Higor Gomes, dirigido por Ulisses Arthur Bomfim Macedo — ganhou uma semana de pós-produção com hospedagem
Prêmio Canal Brasil
- Melhor Curta: Fenda, de Lis Paim
Prêmio Igualé (PanLab de Montagem)
- Ama Mba’é Taba Ama, montado por Maurizio Morelli, dirigido por Gal Solaris e Nádia Akawã Tupinambá — ganhou recurso de acessibilidade (legendagem descritiva ou Libras)
Prêmio Paradiso Multiplica (PanLab de Roteiro)
- Longa: Colmeias, de Bruna Laboissière
- Curtas: Dois reais e um sonho, de Isadora Lis, e Pra quando ela chegar, de Antonio Victor Simas — ganharam consultoria da Rede Paradiso
Prêmio Projeto Paradiso
- O silêncio das ostras, de Marcos Pimentel — ganhou R$ 10 mil para investimento em distribuição
