Curta Paranagua 2024

Assassino A Preço Fixo

Ficha Técnica

Direção: Simon West
Roteiro: Richard Wenk
Elenco: Jason Statham, Ben Foster, Donald Sutherland, Nick Jones, Christa Campbell, Jeff Chase, Beau Brasso, Eddie J. Fernandez
Fotografia: Eric Schmidt
Música: Kenny Delbert
Direção de arte: Jason Hamilton
Figurino: Christopher Lawrence
Edição: T.G. Herrington e Todd E. Miller
Produção: René Besson, Robert Chartoff
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Duração: 92 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2011
COTAÇÃO: REGULAR

A opinião

“Assassino à preço fixo” é o novo filme do ator inglês Jason Statham, que recria o papel de Arthur Bispo, interpretado na versão original, de 1972, por Charles Bronson. Em sua carreira, podemos destacar trabalhos com o diretor cult Guy Ritchie, nos excelentes “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, “Revolver” e “Snatch – Porcos e Diamantes”. Foi dirigido também por Sylvester Stallone no polêmico “Os Mercenários”. Ele enveredou por outros caminhos, escolhendo filmes blockbusters (de alto apelo comercial) em “Carga explosiva”, “Adrenalina”, “Corrida Mortal” entre outros. Podemos defini-lo como um típico pertencente ao gênero de ação. Há semelhanças interpretativas em seus papéis. Jason parece ser o mesmo em todos. Mas o caminho que desejo chegar é o roteiro. Nos filmes mais independentes, ele foi bem aproveitado. Realizou a sua parte de forma competente. Já quando o argumento do filme se apresenta clichê, óbvio e com frases conhecidas pelo grande público, o trabalho de um ator, necessariamente, atrela-se ao conjunto da obra. Neste filme em questão, há muito de vários de seus personagens anteriores. Não há como não referenciar a “Carga explosiva”. O diretor Simon West (de “ConAir”, “Tom Raider”, “Quando um estranho chama”) também volta-se ao mundo comercial.

É um longa com todos os elementos típicos de um filmes de ação, que possuem tiros, perseguições, espionagem fácil e explicada a todo instante, cameras lentas em salvamentos. Porém o que o difere e talvez o salve do limbo de não ser visto por ninguém são as cenas em que Jason conversa com Ben Foster, o filho de Donald Sutherland. Há aprofundamento sutil e bem intencionado. Mas acredito que apenas algumas cenas não seguram um filme com mais de noventa minutos. Arthur Bishop é um assassino metódico. Um mecânico – “mata por contrato” que conserta o mundo, eliminando os “caras maus” que sujam a humanidade. Ele recebe ordens e as executa. Quando precisa agir contra um suposto amigo, a sua consciência pesa. Assim ajuda ao filho desse amigo o seu trabalho. A camera agitada e independente do inicio lembra sutilmente o filme “Traffic” por utilizar a imagem granulada saturada ao brilho. Não esqueçamos que é um filme de ação, com todos os elementos típicos deste gênero. A história e as suas consequências são fáceis de assimilar. Há saltos de pontes, com explosões exageradas. Arthur ouve música clássica (sempre a mesma trilha sonora) a fim de acalmar e estimular a percepção, desejando transpassar à trama a elegância.

“A vitória ama a cautela”, está escrito em uma arma. É um longa que aprofunda também de forma sutil, sem dramas maiores. Na medida certa. O filho despejando a catarse por causa da morte de seu pai bebe e atira a esmo, mostrando o lado passional e amador. Perguntas ficam soltas ao decorrer do filme: “Por que ele não usa luvas para não indicar suas impressões digitais?” e “Por que mesmo correndo, lutando, levando socos, não há nenhuma marca ou suor aparente?”. Steve (Ben Foster) é o filho do mentor e amigo Harry (Donald Sutherland) de Arthur. A sua emoção prejudica as missões, já que muda os planos a fim de viver um “justiceiro implacável”. São considerados super-heróis modernos dotados de outro tipo de ética, com valores sociais adaptados a nova era. Eles espionam e fogem de situações de perigos escolhendo opções que desafiam a física e a lógica. O roteiro tenta imprimir um realismo visceral e violento. “Não existe paz”, diz. “Assassino adquire consciência. Isso é quebra de ética profissional”, dialoga com sarcasmo agressivo. Concluindo, é um filme típico comercial, com muitas explosões. Se segmentarmos gêneros, direcionando apenas ao blockbuster, este longa não deixa a desejar. Mas se o colocarmos em um contexto geral, apresenta-se como mais um filme que o espectador pode levar um acompanhante, beija-lo, comer pipoca, sem atrapalhar a trama como um todo. O orçamento foi de US$ 40 milhões.

O Diretor

Simon West (nascido em Letchworth, Inglaterra, em 1961) é um diretor estadunidense.
Começou sua carreira em 1981, como editor na BBC. Posteriormente dirigiu videoclipes e comerciais para a TV.
Simon West estreiou nos cinemas em 1997, dirigindo Con Air, produzido por Jerry Bruckheimer e estrelado por Nicolas Cage. Também dirigiu o episódio piloto de Close to Home e foi produtor executivo da série Keen Eddie.

Filmografia

1997 – Con Air
1998 – A Filha do General
2001 – Lara Croft: Tomb Raider
2006 – Quando um Estranho Chama

Pix Vertentes do Cinema

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