Nesta quinta-feira (15), chega aos cinemas mais um filme de Quentin Tarantino. Sim, estamos falando de “Era Uma Vez… em Hollywood”, que é bastante aguardado e vem recebendo elogios fartos desde que foi exibido no Festival de Cannes. Assim, aproveitando que o hype em torno do longa é real, vamos aproveitar e listar algumas curiosidades que você precisa saber antes de assistir ao filme!
- Tecnicamente, este é o nono filme de Quentin Tarantino. Há controvérsias, pois Kill Bill foi dividido em duas partes (Volume 1 e Volume 2), mas as dúvidas foram abafadas depois que o diretor decidiu dar ao seu oitavo longa o título de “Os Oito Odiados” (percebam a menção ao número 8 – aliás, isto também pode ser encarado como uma referência a “Oito e Meio”, de Federico Fellini).
- O filme inteiro se passa no ano de 1969 e, pelo simples fato de ter sido lançado em 2019, serve como uma espécie de homenagem àquele ano. Tanto que Sharon Tate, uma das figuras centrais do longa, foi assassinada pela “Família Manson” em 9 de agosto de 1969, fazendo com que a estreia do filme quase colidisse com o cinquentenário do crime.
- A atriz Sharon Tate, vivida por Margot Robbie em “Era Uma Vez… em Hollywood”, foi casada com Roman Polanski e, como já dito, foi assassinada pelos integrantes da “Família Manson” a mando de seu líder, Charles Manson (que morreu em 19 de novembro de 2017). Ela estava grávida quando foi atacada pelos criminosos. Para que pudesse começar a produção de seu filme, Tarantino precisou da aprovação de Debra Tate, irmã de Sharon. Após constatar a forma como a atriz seria retratada no longa, Debra decidiu aprová-lo e ainda elogiou a pesquisa que Robbie fez antes de interpretá-la.
- O Faroeste é importantíssimo para a formação cinéfila de Tarantino, não sendo coincidência que seus dois últimos projetos tenham sido representantes do gênero (“Django Livre” e “Os Oito Odiados”). É por isso, inclusive, que seu novo filme se chama “Era Uma Vez… em Hollywood”, já que um de seus mentores, Sergio Leone, dirigiu os longas “Era Uma Vez no Oeste” e “Era Uma Vez na América”.
- Ainda no universo do Faroeste, uma das grandes influências de Tarantino foi o italiano Sergio Corbucci, um mestre do subgênero western spaghetti e conhecido por criar, em 1966, o personagem Django – sim, este inspirou Tarantino em seu “Django Livre” (que, por sinal, conta com uma ponta de Franco Nero, o primeiro ator a viver Django nas telonas).
- A atriz Maya Hawke, que participa do filme e interpreta uma personagem descrita apenas como “garota das flores”, é filha de Ethan Hawke e Uma Thurman. Thurman que, não por coincidência, trabalhou com Tarantino em “Pulp Fiction” e nas duas partes de “Kill Bill” – ou seja: a família conhece bem o cineasta.
- “Era Uma Vez… em Hollywood” marca a última aparição de Luke Perry nos cinemas. O ator morreu no último dia 4 de março em função de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). No filme, Perry interpreta o canadense Wayne Maunder, famoso por co-estrelar a série “Lancer” (1968-1970).
- Em dado momento do longa, Mike Moh surge sob a pele de ninguém menos que Bruce Lee, o mestre das Artes Marciais. O problema, no entanto, é que a maneira como Tarantino retrata o ícone (como um sujeito arrogante e que não demora a apanhar de Cliff Booth, o personagem de Brad Pitt) incomodou terrivelmente sua família: a filha Shannon Lee, por exemplo, veio a público para relatar o quanto se sentiu desconfortável com o retrato que Tarantino pintou de seu pai. Além disso, o próprio Moh disse ter ficado “dividido” ao ler o roteiro do filme pela primeira vez, já que, quando criança, enxergava Lee não como um ser humano, mas um “super-herói”.
- Antes de “Era Uma Vez… em Hollywood” ser exibido no Festival de Cannes, em 21 de maio deste ano, subiram no palco em frente à tela do cinema com uma nota pedindo para que a plateia ali presente não desse spoilers do filme após a sessão. Isto é considerado atípico, mas aconteceu aqui.
- Durante os créditos finais, há uma piadinha envolvendo uma marca de cigarros chamada “Red Apple”. Trata-se de uma divertida referência a uma marca de tabaco fictícia que o próprio Quentin Tarantino inventou para compôr o universo de seus filmes, sendo mencionada também em “Pulp Fiction”, “Kill Bill: Volume 1”, “Bastardos Inglórios”, “Os Oito Odiados” e até mesmo em projetos dos quais Tarantino participou como ator, produtor ou roteirista (como “Um Drink no Inferno” e “Planeta Terror”).