Para um cinéfilo, a maratona cinematográfica é uma covardia. Torna-se impossível assistir a tudo que se quer. Há o tempo e a vida real que deseja se intrometer na ficção. Portanto, escolher os filmes necessitam de uma maturidade vivenciada. A tendência observada dos longas é a lentidão da narrativa e a utilização de planos longos. Isso já segmenta gostos e subjetivismos. O Festival é uma porta visionária para o lançamento de certos filmes. Haverá uma versão estendida de Avatar, de James Cameron, Garfield 3D, Jackass, também em 3D. Haverá mostras específicas de Bruno Dummont e Amos Gitai. Haverá as estreias de longas e documentários nacionais, concorrentes ou não. O segredo é a escolha dos filmes que ainda estão com as legendas eletrônicas, da mostra Midnight Movie e da mostra Dox. Os mais badalados: Woody Allen, Robert Rodriguez, Abbas Kiarostami, os ganhadores dos principais festivais internacionais, estes ou já estão com legendas em português, prontos para a estreia no circuito comercial ou estarão sendo legendados nas próximas semanas. Há uma mostra muito interessante: Itinerários Únicos, que retrata artistas, em diversas áreas, que nos revelam seu modo de criação e visões pessoais, reunidos em documentários que abordam percursos de vida extraordinários. São pintores, artistas gráficos, escultores, fotógrafos, arquitetos que marcaram o século XX por suas visões únicas de mundo e, como resultado, obras inigualáveis que construíram ao longo da vida. Pablo Picasso e Basquiat são alguns deles. O foco da vez é o cinema argentino, além das mostras típicas: Latina, Gay, Expectativa, Panorama do Cinema Mundial, Meio Ambiente e Limites e Fronteiras. Há a versão integral de 330 minutos do filme “Carlos”, passado em Cannes. Há “Sex Rio Comedy”, que tem a participação de poucos segundos deste que escreve este artigo. E há os Web documentários, novidade midiática que pretende a interatividade. Há a mostra Film Doc, destacando Godard, Milos Forman, Rock Rudson, Sam Peckinpah, Roman Polanski. Há ainda palestras e oficinas sobre cinema. Há de tudo para todos as necessidades cinematográficas. O Festival começa com o aguardado filme de Arnaldo Jabor “A Suprema Felicidade”. Portanto, seja bem vindo a este mundo esquizofrênico de mergulho à vivência de outros indivíduos ficcionais.
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