UMA INICIATIVA DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS DO RIO DE JANEIRO, A TERCEIRA EDIÇÃO DO CINECLUBE EXIBE CURTAS SOBRE DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE
O Cineclube Curta Cinema chega à sua terceira edição na quinta-feira, 29 de setembro, com o tema “Inclusão na tela”, com a curadoria de Lara Pozzobon e Gustavo Acioli, diretores do Festival Assim Vivemos – festival internacional de filmes sobre deficiência – que, em 2017, comemora 15 anos, tendo se consolidado como referência nacional e internacional sobre o tema. A programação começa às 19h30m, seguida de debate com os realizadores Paulo Halm, diretor de “O Resto é Silêncio”; Anna Azevedo, diretora de “Dreznica” e Simone Machado Lima, diretora e produtora de “Estrangeiros”, e do curador e mediador Gustavo Acioli. A entrada é gratuita, sujeita à lotação.
O projeto é uma iniciativa do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em parceria com o Oi Futuro, e patrocínio da Oi, Petrobras, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, e pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretária Municipal de Cultura e RioFilme.
Responsável pela curadoria desta edição do Cineclube, Gustavo Acioli avalia que o público terá oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a deficiência, a partir da ótica da inclusão. Ele acredita que, por serem diferentes entre si, os curtas tem uma excelência no uso da linguagem.
Autor da novela “Totalmente Demais”, da Rede Globo, junto com Rosane Svartman, Halm é diretor e roteirista de “O resto é Silêncio”. Ele conta que os jovens e seu rito de passagem para a vida adulta, com suas descobertas, desafios, perdas e ganhos, sempre foram tema de seu interesse. Ao resolver abordar o tema, optou por personagens surdos, jovens que já conhecia por morar perto do Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio. Assim, o curta foi interpretado por jovens surdos e falado em libras (com legendas). Na sua concepção, quase um filme mudo e que pudesse ser assistido tanto por surdos quanto por não surdos, onde ambos espectadores experimentassem as mesmas sensações.
“O Resto é Silencio” se tornou um filme emblemático da questão da superação das diferenças, não só para os portadores de deficiência auditiva, mas para o grande conjunto das pessoas com necessidades especiais. Ao mesmo tempo, é um filme divertido, poético, que agrada a todos os públicos – diz o diretor Paulo Halm. – Acho que fui bem-sucedido porque “O Resto é Silencio” é meu filme mais premiado, no Brasil e no exterior.
As exibições do Cineclube acontecem uma vez por mês, desde julho, onde a proposta foi discutir o feminismo e questões raciais, seguido de política tendo o cinema como instrumento. Já na edição de setembro a inclusão entra em cena, levando o público a debater, principalmente sobre acessibilidade.
Sobre o Cineclube Curta Cinema
O Cineclube Curta Cinema foi criado pelo Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em parceria com o Oi Futuro Ipanema em comemoração aos 25 anos do festival. Iniciado em junho de 2015, o Cineclube Curta Cinema apresenta mensalmente clássicos do curta-metragem nacional e de curtas inéditos. A exibição dos filmes é sempre acompanhada de debate aberto ao público com os realizadores e artistas convidados. O projeto Cineclube Curta Cinema é uma iniciativa do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em parceria com o Oi Futuro, e o patrocínio da Oi, Petrobras, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, e pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretária Municipal de Cultura e RioFilme.
Sobre o Curta Cinema
O Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema – desde 1991 tem sido uma das principais vitrines para o curta-metragem no país. A cada ano são exibidos cerca de 200 filmes dos mais diversos gêneros e nacionalidades. A programação consiste em mostras competitivas (nacional e internacional), panoramas regionais, programas temáticos, de gênero, e especiais. Além da exibição de filmes, o festival desenvolve atividades paralelas com caráter informativo e educativo, como workshop e oficina.
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem.
Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois centros culturais no Rio de Janeiro, com uma programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e a preços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações.
O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando o compromisso do Instituto no campo da sustentabilidade, com o apoio e o desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.
Serviço
Cineclube Curta Cinema – Inclusão na Tela
Data: Quinta-feira, dia 29 de setembro.
Horário: 19h30m
Local: Oi Futuro Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54 – Ipanema, Rio de Janeiro
Exibição seguida de debate. Senhas serão distribuídas com 30 minutos de antecedência
Capacidade: 92 lugares
Classificação indicativa: 10 anos
Programação:
O Resto é Silêncio – de Paulo Halm. 22 min. RJ. 2003.
Totalmente interpretado por adolescentes surdos, o filme conta o encontro de Lucas, um rapaz solitário. Ao conhecer Clara, a nova colega do colégio para deficientes auditivos, ele descobre que existem muitos outros meios de entender os sons que o mundo possui e isso muda aos poucos a sua vida.
Dreznica – de Anna Azevedo. 14 min. RJ. 2008.
Dreznica é o lugar onde a neve encontra o mar. Um filme construído com arquivos de Super 8. Uma lírica jornada através das imagens e sensações reveladas pela memória e pelos sonhos de pessoas que não enxergam.
Estrangeiros – de Sonia Machado Lima. 20 min. RJ. 2011.
A fala tem poder e muitas vezes se impõe como forma superior de comunicação, forçando pessoas surdas a aprenderem a repetir sons que não conseguem ouvir. É um esforço tremendo – e desgastante. Até que, muitas vezes chega o momento em que o surdo descobre que foi inútil o tempo que tentou aprender algo que simplesmente não lhe servia.