Direção e Roteiro: Oliver Irving
Elenco: Robert Pattinson, Rebecca Pidgeon, Jeremy Hardy, Mike Pearce, Johnny White
Fotografia:Paul Swann
Música:Joe Hastings
Direção de arte:Stefania Buonajuti e Paul Harvey
Edição:Reuben Irving
Produção:Justin Kelly
Duração:85 min
Estúdio:How to Be Films
Distribuidora:Paris Filmes
País: Inglaterra
Ano:2008
COTAÇÃO: RUIM
A opinião
Antes do sucesso de Edward Cullen, da safra Crepúsculo, Robert Pattinson estrelou uma comédia de humor negro interpretando Art, um músico frustrado, que está passando pelo que ele vê como uma crise dos 20 anos. Isso não melhora quando sua namorada o deixa, e ele tem que voltar a morar com seus pais de classe média – que estão longe de se animar com a idéia. Seu único amigo, o agoráfobo Ronny, tem seus próprios problemas para se preocupar. Trancado em um apartamento de Londres, tonto pelo óxido nitroso e pela música eletrônica, Ronny quer começar uma banda com Art e seu tranqüilo amigo Nikki, mas apenas se isso não precisar ir mais além do jardim do quintal. Art descobre um guru de auto-ajuda, Dr. Levi Ellington, autor de “Não é sua culpa”. Utilizando de seu dinheiro herdado, Art paga a Dr. Ellington para se mudar com ele e seus pais, para tornar-se seu treinador em tempo integral, e o acompanhando aonde quer que fosse.
O filme tenta ser alternativo e cult. Tenta ser uma comédia melancólica. Tenta aprofundar os personagens com uma crise existencial do sofrimento e da solidão. Tenta a inerência dos poetas fracassados e sem rumo. Mas não consegue. O longa comporta-se como o clichê da própria repetição, criando o sentimento de já ter visto a história um milhão de vezes. O diretor luta tanto para não ser pretensioso e também não consegue. Um total amadorismo que virou sensação entre os fãs do ator de Crepúsculo e de Harry Potter.
“Londres é paralítica”, diz-se dando uma noção do nível dos diálogos, apresentando-se como surreais para explicitar o distanciamento, porém erra de novo. “Terapia foi inventada nos anos 60. Se foi inventada, é porque não existe”, outra ‘pérola’ é dita. O filme é de auto-ajuda. Passa por todos os estágios. Amor / família / amigos / auto-conhecimento até o último estágio “Estou bem e minha vida é perfeita”. Patético e vergonhoso. Não recomendo.
“Nós o encontramos um ano e meio depois que selecionamos o elenco. Ele simplesmente parecia ser a pessoa certa para o trabalho. Ele era interessante de se observar – mas com os pés no chão o suficiente para interpretar o papel. Ele pareceu entender de verdade – ele conhecia pessoas como os personagens no roteiro, e entendeu o personagem principal ‘Art’. Sem ter frequentado escola de interpretação, a atuação de Rob e resposta à direção se ajustou, bem com outros membros do elenco, que também não eram atores treinados. Na verdade, Rob escondeu suas habilidades musicais nas audições, como ele sabia que o personagem era para ser meio tosco em relação as habilidades musicais – mas na verdade isso foi inestimável, no fim, ele entendeu as referências musicais e teve a habilidade técnica de pôr para fora aquilo que nós estávamos o pedindo”, sobre a escolha de Robert Pattinson.
“o time de Crepúsculo tinha um plano completamente diferente – eles ainda estavam procurando o mais estiloso e os ângulos mais perfeitos para fazer o Rob parecer incrível, nós o colocamos nas roupas mais desajeitadas, procuramos a maioria dos ângulos que o depreciassem. Todas as roupas foram personalizadas para se encaixarem nele – nós também pedimos para ele trazer roupas que ele mesmo usa, que nós pudéssemos adicionar ao seu figurino – nós queríamos que as roupas parecessem ser dele e parecerem confortável nele. Depois disso ele observou que metade das roupas que ele usou no filme já eram dele e a outra metade ele ficou para usar depois. O estilo do cabelo dele foi o resultado de eu ter pedido para ele não cortar o cabelo até as filmagens para vermos no que ía dar – e foi isso – perfeito!”