Mostra Um Curta Por Dia - Repescagem 2025 - Dezembro

Um balanço do que aconteceu no Festival Mulheres no Cinema 2025

Festival Mulheres no Cinema 2025

Um balanço do que aconteceu no Festival Mulheres no Cinema 2025

O Cinema contado por elas

Por Redação

O Cine Olido, tradicional sala de cinema de rua de São Paulo, que hoje faz parte de uma das salas do circuito popular SPcine, recebeu entre os dias 04 e 7 de dezembro, a 4ª edição do Festival Mulheres no Cinema. Idealizado pela atriz, roteirista e cineasta Alexia Annes, o evento trouxe 25 curtas-metragens realizados por mulheres de diversos estados do Brasil, sem caráter competitivo divididos nas mostras: ficção, documentários, animações, filmes experimentais e estudantis. Entre as obras, seis dos filmes são dirigidos e/ou roteirizados por mulheres negras, um por indígena, dois por mulheres trans e três das diretoras possuem deficiência.

Além das exibições dos filmes, o evento trouxe três interessantes rodas de conversa com os seguintes tema: Criação de Obras Para o Público Infanto Juvenil na Atualidade; Curta-Metragem Porta de Entrada para o Mercado Audiovisual e Mulheres no Audiovisual: Presença, Conquistas e Desafios, onde muito se falou sobre o quanto as mulheres ainda sofrem abuso dentro dos sets de cinema, sejam eles de caráter emocional, físico e sexual.

Entre os filmes exibidos destaque para obras como “A Nave que Nunca Pousa”, de Ellen Moraes da Paraíba, “A Cabana”, de Barbara Sturm, “Deixa” de Mariana Jaspe, “Coisa de Preto”, de Pâmela Peregrino, Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos, e “Silêncio, Elas Querem Falar”, de Hélia Braz. Na abertura do festival também foi exibido o curta juvenil de estreia “Será que Estão Bravos Comigo”, de Alexia Annes.

“Este é um projeto independente que veio em um momento muito especial que resolvemos fazer depois de passar pela série (Sukata – o musical – A Série que em breve será distribuída). Esse é um tema muito importante onde a gente retrata essa ansiedade que a gente vive com o celular. Através da personagem da Maria Clara a gente vê essa agonia, quando não tem essa reposta. Então a gente precisa entender também esses novos meios de comunicação porque veio para ficar e não tem jeito é a nossa nova realidade e como a gente vai lidar com isso. Então através de um personagem que é uma criança e está tão exposta a tudo o que acontece e a todas as outras crianças e adolescentes a gente consegue enxergar o grau de dificuldade para eles e como são frágeis”, disse Alexia Annes, antes da exibição do filme.

O festival encerrou com uma premiação simbólica para todas as cineastas presentes e homenageou a atriz Luísa Tomé. Durante os quatro dias, vale destacar que muitas das realizadoras estiveram presentes às sessões, o que reforça ainda mais o papel das mulheres no nosso cinema. 

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