O prêmio cinematográfico OSCAR é duramente criticado por assumir a preferência ao gênero comercial moldado por Hollywood. É anualmente entregue pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em Los Angeles, Califórnia, em 11 de maio de 1927, concebida por Louis B. Mayer, um dos fundadores da Metro-Goldwyn-Mayer, sendo a mais antiga cerimônia de premiação na mídia. A 1ª Entrega dos Prêmio da Academia aconteceu em 16 de maio de 1929, no Hotel Roosevelt em Hollywood, para honrar as realizações cinematográficas mais proeminentes de 1927 e 1928. A cerimônia foi apresentada pelo ator Douglas Fairbanks e pelo diretor William C. DeMille. Os vencedores são escolhidos por um colégio de mais de 5.800 membros votantes da Academia, de diversas nacionalidades. O Oscar em si – cujo nome oficial é Prêmio de Mérito da Academia – é uma pequena estatueta de 35 cm de altura pesando quase quatro quilogramas, feita de estanho folheado a ouro de quatorze quilates, em forma de um cavaleiro sobre um pedestal no formato de um rolo de filme, com uma espada de cruzado atravessada verticalmente no peito. Seu valor real é de cerca 200 dólares, mas seu valor simbólico é incomensurável, pelo prestígio profissional e popular que concede ao premiado e pelo faturamento que pode dar a um filme. As novas exigências começaram a valer no ano passado. Uma delas a mudança para dez concorrentes ao prêmio de Melhor Filme. Essa alteração reforçou a aura de primazia comercial, tendo os indicados uma maior possibilidade de vendagens e lucro obtido. Os cinéfilos de plantão torcem o nariz para as regras inaceitáveis e que não entendidas. Algumas delas traçam o currículo do ator e ou da atriz. Outras são escolhidas por homenagem. Nem sempre a qualidade prevalece. Como foi o caso de “Titanic” e da ganhadora “Sandra Bullock”. Os brasileiros ficaram excitados com a indicação de “Central do Brasil” e de Fernanda Montenegro. Mas se decepcionaram quando a vitória foi dada a “A vida é bela”. Mesmo contrariados, todos assistem, comentam e criticam mais um ano. Lendo a revista Carta Capital de nove de fevereiro deste ano, pude entender que os críticos americanos viajam em bandos, com medo de se desgarrar da sabedoria convencional. Assim faz de “A Rede Social”, sobre o criador do Facebook, o filme com todas as chances de levar a estatueta principal, por causa da prévia de já ter ganho o Globo de Ouro. Nessa linha, a Academia esqueceria de “Discurso do Rei”, com doze indicações. Há escolhas que talvez aconteçam a fim de preencher o vazio. “Minhas mães e meu pai”, um filme lésbico que tenta a cura para a homossexualidade por fazer uma delas desejar o material fálico de um homem. “Toy Story 3”, que é excelente, mas sem nenhuma chance. “127 horas”, “Bravura indômita” e “Inverno da Alma”. O último extremamente ruim. O do meio, uma refilmagem que tenta ser um outro filme, perdendo-se no próprio contexto. Aquele, uma edição que prejudica em muito a trama. Segue-se com “O Vencedor”, um ótimo filme com atmosfera nostálgica e de memórias. Sobram “A origem”, com Leonardo de Caprio e “Cisne Negro”. O dois permeiam o universo da manipulação competente e inteligente. O primeiro busca a metafisica do sonho projetado em outro sonho. O outro é a eficiência de um roteiro sem falhas, que busca a perfeição do realismo fantástico e metalinguisticamente se torna perfeito e o escolhido deste blog, mesmo tendo a certeza absoluta da falta de chance à estatueta pretendida.