A Premiação do Festival do Rio 2009


Foto: Fabricio Duque

A premiação dos melhores filmes nacionais da mostra Premiére Brasil aconteceu debaixo de chuva. O Rio de janeiro estava chorando pelo término do Festival do Rio de 2009. A cerimônia de gala atrasou. Muitos não conseguiram chegar. O trânsito estava caótico.

O Oscar carioca, tendo Juliana Paes e Caco Ciocler como apresentadores, transcorreu com graça e tranquilidade. Todos se comportaram direitinho. Os prêmios eram apresentados.O vencedor do site Porta Curtas, que ganha o valor de R$ 750,00 para cada um, foi “O Troco”, de André Rolim (com opinião em finalização neste blog) e “Bom dia, meu nome é Sheila ou como trabalhar em telemarketing e ganhar um vale-coxinha”, de Angelo Defanti. Os filmes passarão a integrar o acervo permanente do site.

A Mostra Geração venceu o Juri Popular Filmes em Retrospectiva (10 anos Mostra Geração) com o filme “Somos todos diferentes”, de Aamir Khan (com opinião em finalização neste blog). E vencedor do Juri Popular 2009 com “Quem tem medo do lobo?”, de Maria Procházková.

O Prêmio Fipresci, de crítica internacional, presidido pelo português Paulo Portugal e composto pelos críticos Rodrigo Fonseca e Mario Abaddé, deu a vitória ao filme “Os famosos e os duendes da morte”, de Esmir Filho. O diretor do filme, com um modelito ultra moderno e fashion, disse “crítica parece de gente grande e meu filme está aqui”.

O Juri Oficial, presidido pelo diretor Fernandos Solanas e composto pelo produtor alemão Roman Paul – de “Valsa com Bashir” e “Paradise Now”, pelo diretor e produtor do canal francês Arte, François Sauvagnarques (com referência neste blog no arquivo setembro), pela cineasta Helena Solberg e pela atriz Julia Lemmertz entregou os seguintes prêmios:


Foto: Divulgação



-Melhor Longa-metragem de Ficção: “Os famosos e os duendes da morte”, de Esmir Filho. Jandira Feghali disse “Viva o Rio. Viva o
Brasil. Viva a vontade de vocês de tentar fazer”. O diretor (foto acima) diz “Quando vi a seleção e os diretores dos quais estaria ao lado, como Beto Brant e Karim Aïnouz, achei monstruoso. Queria agradecer a diretores como vocês que acreditaram nos próprios trabalhos”, e define “É delicado, sútil, que fala de coração, que fala em abraço. Um filme de jovem para jovem num território novo que é a internet”. A produtora Sara Silveira brincou “Produzir filme de diretor estreante é difícil, leva tempo até fazer o cara acreditar que vai sair um filme decente”, brincou e terminou dizendo “Sou encardida”. O ator completa “Estar perto não é físico”.


Foto: Fabricio Duque

-Melhor Longa-metragem Documentário: “Dzi Croquettes”, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez e “Reidy, a construção da utopia”, de Ana Maria Magalhães. Roberto, representante do Oi Futuro foi o apresentador. Tatiana Issa deu o efeito “À coragem, à liberdade e a todas as formas de igualdade”. A diretora do segundo filme, Ana Maria disse “Tem um sabor todo especial por documentários não terem tanto espaço. Enfrente as pressões urbanas e não se submeta a elas”.

-Melhor Curta-metragem: “Olhos de Ressaca”, de Petra Costa. A diretora explicou que sem o encontro com Eryk Rocha, não haveria filme. Quando apresentava o prêmio, Hilda Santiago disse “No início é promessa. No final tem que mostrar o serviço feito”

-Mensão Honrosa Curta-metragem: “Sildenafil”, de Clovis Mello (com opinião neste blog). Walkiria Barbosa, Diretora do Festival, apresentou o prêmio dizendo “Eu acho que nunca entreguei prêmios” e riu. A atriz do filme finalizou “Clovis Mello é talento e simplificidade (na hora de contar uma história). Harmonia veio à tela”.

-Melhor Direção: Karim Ainouz e Marcelo Gomes por “Viajo porque preciso, volto porque te amo” (com opinião aqui neste blog). Othon Bastos segue dizendo “O trofeu Redentor que está de braços abertos. Marcelo Gomes rebate “Que honra rceber do Othon Bastos. As pessoas me ensinaram a ver o filme de outra forma, percebi detalhes antes não identificados”

-Mehor Ator: Chico Diaz e Luis Carlos Vasconcelos, por “O Sol do Meio Dia” (com opinião aqui neste blog). Maria Padilha é a apresentadora. Chico diz “Ganhar em casa é sensacional. Estou extremamente orgulhoso”. Luis acrescenta “Obrigado”. São interrompidos por Caco Ciocler que faz uma propaganda da peça “Moby Dick”, de Chico Diaz. Interrompido novamente por Cássia Kiss falando sobre a sua peça. Por último, a interrupção volta ao Caco que ‘vende’ a sua peça que estará no Centro Cultural dos Correios do Rio.

-Mensão Honrosa Ator: Fulvio Stefanini, por “Cabeça a Prêmio”. Maria Padilha apresenta, também este, dizendo “Eu sou atriz, adoro ator. Os atores foram generosos e talentosos, então o Festival foi generoso com eles”. Fulvio diz “Minha filmografia é pequena, mas é ótimo ganhar prêmios”.

-Melhor Atriz: Nanda Costa, por “Sonhos Roubados”. Apresentado por Julia Lemmertz que diz “Ser juri não é fácil. O lado bom é que tive que ver todos os filmes. O prêmio foi unanimidade entre todos nós”. A ganhadora disse “É um ganho pra mim. Meu avô que me ensinou a sonhar”.

-Melhor Atriz Coadjuvante: Cássia Kiss, por “Os inquilinos”. Nelson Xavier apresentou o prêmio. A atriz sobe as escadas pulando e dizendo “yes, yes… É uma honra ser atriz. À família que tenho.”

-Melhor Ator Coadjuvante: Gero Camilo, por “Hotel Atlântico” (com opinião neste blog).

-Melhor Roteiro: Beatriz Bracher, por “Os Inquilinos”. A apresentadora foi Helena Solberg. Beatriz disse que o roteiro é baseado no conto de Wagner, aluno dela que vivenciou a experiência na rua onde mora.

-Melhor Montagem: Renato Martins, por “Tamboro”. A apresentação foi de Milton Gonçalves. O diretor disse “Nós não fazemos apenas cinema, fazemos imposição de vida”

-Melhor Fotografia: Heloísa Passos, por “Viajo porque preciso, volto porque te amo” e “O Amor Segundo B. Schianberg”. Roman Paul apresentou dizendo “Os filmes não eram só bonitos, mas faziam todo sentido”, traduzido muito bem por Juliana Paes.

-Prêmio Especial de Juri: “Tamboro”, de Sérgio Bernardes. O mestre Paulo José (com biografia neste blog) foi o apresentador.

Voto Popular

-Melhor Longa-metragem de Ficção: “Sonhos Roubados”, de Sandra Werneck. A diretora disse “Ofereci o projeto para muita gente e não o achavam popular. O filme ganha este prêmio. É muito popular”.

-Melhor Longa-metragem Documentário: “Dzi Croquettes”, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez. O prêmio apresentado por Sérgio, presidente da Rio Filmes diz “A união da Prefeitura com o Festival e o audiovisual é importante”.

-Melhor Curta-metragem: “Sildenafil”, de Clovis Mello (com opinião neste blog)

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