Os Premiados do Curta Brasília 2019
Por Release Oficial
O Festival Curta Brasília 2019 é uma realização da Sétima Produções Culturais, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF; patrocínio da Embaixada da Holanda, apoio do Institut Français, Embaixada da França, Novembre Numérique, Fundo Brasil, Fecomercio, Sesc, Investe Turismo, Sebrae e Secretaria de Turismo do DF.
Negrum3 e Quando elas cantam foram os grandes vencedores da Mostra Nacional, enquanto Nave e Gigantesca faturaram o prêmio pela Mostra Decibéis, além de outras 19 premiações.
A cerimônia de premiação aconteceu na noite deste domingo (15), em Brasília, no consagrado Cine Brasília, onde reuniu cineastas, diretores, atores, professores, estudantes, entusiastas do cinema, além do público geral, onde puderam prestigiar a entrega dos 23 prêmios do festival, entre júri oficial, júri popular e menção honrosa.
O grande vencedor da noite na mostra nacional foi o documentário curta-metragem Negrume, de Diego Paulino. A produção conquistou três prêmios: Melhor Curta e Direção de arte, ambos pelo júri oficial, e o Troféu Curta Cartaz, por júri popular.
O doc conquistou os jurados pela abordagem de empoderamento e resistência, apresentando um ensaio sobre negritude e a homosexualidade de jovens negros da cidade de São Paulo, propondo uma reflexão sobre uma temática cada vez mais urgente e relevante no mundo contemporâneo.
Na categoria melhor curta pelo júri popular, Quando elas cantam foi o escolhido. Dirigido por Maria Fanchin, o documentário traz a história do projeto Voz Própria para as telonas. Desenvolvido por Carmina Juarez, a iniciativa é voltada ao tratamento terapêutico de mulheres encarceradas, onde acompanha de dentro da prisão os ensaios dessas mulheres para um show na Capela da Penitenciária Feminina de São Paulo.
Já na outra mostra competitiva, a Decibéis, Nave, da cantora Xênia França, sob direção do projeto DIABA (Camila Maluhy e Octávio Tavares) ganhou como melhor videoclipe pelo júri oficial. Em 4’50 de clipe, a produção apresenta uma cientista do futuro que busca descobrir o seu passado ancestral ao chegar em um planeta aparentemente sem vida.
Gigantesca, da cantora Mariana Volker, sob direção de Letícia Pires, ganhou como melhor videoclipe pelo júri oficial. O trabalho traz a música sobre a potência e força do feminino, sobre ser e descobrir-se imensa, arriscar e espalhar-se pelas superfícies necessárias e ocupar os espaços internos e externos de nós mesmas.
OS VENCEDORES
MOSTRA NACIONAL
Júri Oficial
R$ 6 mil e Troféu Curta Brasília
NEGRUM3, dirigido por Diego Paulino
Pela articulação ousada e inventiva dos elementos da linguagem cinematográfica. Pela ampliação de debates sobre temáticas cada vez mais urgentes e relevantes na contemporaneidade. Pela denúncia, mas principalmente pelas abordagens de empoderamento e resistência.
Menção Honrosa
Beat é protesto, o funk pela ótica feminina, de Mayara Efe
Pela relevância temática diante dos recentes acontecimentos e por uma construção fílmica em que as linguagens empregadas estão em consonância com a estética e o assunto central.
Júri Popular
R$ 6 mil e Troféu Curta Brasília
Quando elas cantam, dirigido por Maria Fanchin
TROFÉU CURTA BRASÍLIA (JÚRI OFICIAL)
Melhor Direção
Renata Martins, pelo filme Sem asas
Melhor Roteiro
Kennel Rogis e Adrianderson Barbosa, pelo filme O grande amor de um lobo
Melhor Fotografia
Petrus Cariry, pelo filme Marie
Melhor Atuação
Elenco principal formado por Kaik Pereira, Grace Passô e Melvin Santhana , do filme Sem asas
Melhor Montagem
Augusto Bortolini e Eduarda Gama, pelo filme Bié dos 8 baixos
Melhor Som
Yara Torres, pelo filme Looping
Melhor Direção de Arte
Maiara Delpino, pelo filme NEGRUM3
MOSTRA DECIBÉIS
Júri Oficial
R$ 2.500 e Troféu Curta Brasília
Nave de Xênia França, dirigido por DIABA (Camila Maluhy e Octavio Tavares)
Júri Popular
R$ 2.500 e Troféu Curta Brasília
Gigantesca de Mariana Volker , dirigido por Letícia Pires
PRÊMIO CALANGUINHO
R$ 1.500 para filme da Mostra Calanguinho escolhido pelo júri popular infantil.
O Extraordinário circo do Bipo, de Juliet Jones e Cristiano Vieira
TROFÉU TESOURINHA
Para melhor filme da Mostra Tesourinha pelo júri popular.
Filhas de lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza
PRÊMIO PROVOCAÇÕES
R$ 2.000 oferecidos pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos para filme da Mostra Provocações escolhido por comissão formada por conselheiros do Fundo.
Atordoado, eu permaneço atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos
PRÊMIO CINE FRANÇA BRASIL
Viagem para um festival de cinema na França em 2020, oferecida pela Embaixada da França no Brasil, para um representante de filme da Mostra Nacional, escolhido por comissão.
Sem asas, dirigido por Renata Martins
Menção Honrosa
Pela direção, pesquisa, identidade cinematográfica e escolha da trilha sonora. Pela forma como trabalhou a memória desses dois ícones do cinema nacional menção honrosa para o filme Extratos, dirigido por Sinai Sganzerla.
Pela forma de abordagem e urgência do tema, por ser político sem ser panfletário e a maneira zelosa como apresenta os personagens. Por ser um alerta contra a dura realidade que as nossas comunidades periféricas enfrentam de centenas de jovens negros e favelados assassinados por policiais que continuam impunes. Menção honrosa para o filme Nossos mortos têm voz, dirigido por Gabriel Barbosa e Fernando Sousa.
PRÊMIO BRAZUCAH
R$ 1.000 e inclusão de curta com temática infanto juvenil em um dos projetos itinerantes da produtora Brazucah 2020. Comissão: Cidalio Vieira Santos, Cynthia Alario e Marco Costa.
O Véu de Amani, de Renata Diniz
TROFÉU CINEMEMÓRIA
Para o melhor documentário do 8º Curta Brasília, oferecido pelo cineasta Vladimir Carvalho e pela Fundação Cinememória.
Luis humberto: o olhar possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo
PRÊMIO DHARMA FILMES
Para filme da Mostra Nacional ou Mostra Tesourinha selecionado pela Dharma Filmes. O prêmio consiste em experiência imersiva na Chapada dos Veadeiros. Comissão: Ana Cristina Costa e Silva e Paulo Rivelli.
Almas, de Marcos Faria
TROFÉU ABCV
Para filme do Distrito Federal escolhido pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo. Comissão: Gustavo Amora e Rita Andrade.
Luis humberto: o olhar possível, de Mariana Costa e Rafael Lobo
TROFÉU CURTA CARTAZ DO CURTA
Concurso online de melhor cartaz nacional do 8º Curta Brasília escolhido pelo júri popular.
NEGRUM3, arte feita por Paulo Mendonça.