A opinião
O filme não é linear. Há três histórias sendo contadas em tempos diferentes. A linguagem é internacional mostrando várias culturas. A camera é independente. Algumas ações, atuações e diálogos são inocentes, quase infantis. Versa sobre preconceitos e sobre o poder. Quem possui este último, domina. Hipócritas com o poder brincam com os outros, os humilhando. Acreditando pertencer a uma raça pura e real americana, os ‘porteiros’ de um país brincam de deixar pessoas entrarem ou não, as estereotipando. Incluindo o rol de dominadores estão os americanos domesticados pela maneira de agir do lugar, talvez por querer fazer parte de um todo, sem se dar conta que também aumentam as estatísticas da exclusão e repulsão. As desigualdades pululam e são mostradas entre um filme e outro. A salvação existe e apresenta-se pelo pagamento dos pecados cometidos. O filme é atual e traça um perfil do xenofobismo do mundo.
José Joffily por ele mesmo
“Um dos motivos que faço filmes é a necessidade de ser amado. Tenho uma neta com vinte anos. O filme fez uma parada estratégica financeira por nove meses. Agradeço aos patrocinadores”
Ficha Técnica
Direção: José Joffily
Roteiro: Paulo Halm e Melanie Dimantas
Elenco: David Rasche; Irandhir Santos; Frank Grillo; Cristina Lago; Erica Gimple; Branca Messina;Pablo Uranga; Valeria Lorca; Hector Bordoni
Fotografia: Nonato Estrela
Montagem: Pedro Bronz
Música: Jaques Morelenbaum
País: Brasil / Argentina / RJ
Ano: 2009
A Sinopse
Em seu último dia de trabalho antes da aposentadoria compulsória, Marshall, oficial da imigração americana, detém arbitrariamente passageiros latinos dentro de uma sala de um aeroporto de Nova York. Ali, conduz interrogatórios que os expõem a diversas humilhações, que tomam um trágico rumo. O alvo principal é Nonato, brasileiro radicado nos EUA. Dois anos depois deste episódio, o ex-oficial cruza o sertão do estado de Pernambuco, na expectativa de encontrar a paz de espírito. Porém, ele percebe que a desilusão e o desamparo são os únicos sentimentos que o acompanham.
O Diretor
José Joffily, nasceu em João Pessoa, no dia 27 de novembro de 1945, é um diretor, roteirista, produtor e, eventualmente, ator. Portanto tem 63 anos e nasceu em João Pessoa. Sua produtora, Coevos Filmes, foi fundada em 1981, e já produziu mais de 15 filmes. Suas recentes realizações incluem o documentário A Paixão Segundo Callado e a produção e direção de O Chamado de Deus (2000), documentário focando a Igreja Católica no Brasil, Dois Perdidos Numa Noite Suja (2003) e Achados e Perdidos (2005). Este é seu oitavo longa-metragem.
Filmografia
2005 – Achados e perdidos – diretor
2005 – Vocação do poder — diretor
2002 – 2 Perdidos numa Noite Suja — diretor
2001 – O chamado de Deus — diretor e produtor
1998 – Bela e galhofeira — ator
1996 – Quem Matou Pixote? — diretor e roteirista
1994 – Lamarca — produtor
1992 – A maldição do Sanpaku — diretor e roteirista
1991 – Vai trabalhar, vagabundo II – A volta — roteirista
1989 – Kananga do Japão (novela) — ator
1987 – Terra para Rose — roteirista
1986 – A cor do seu destino — roteirista
1985 – Avaeté – Semente da vingança — roteirista
1985 – O rei do Rio — roteirista
1985 – Urubus e papagaios — diretor e roteirista
1984 – A filha dos Trapalhões — roteirista
1984 – Bete Balanço — ator
1983 – Parahyba mulher macho — roteirista
Os Prêmios
[Festival de Gramado]
Ganhou o Kikito de Ouro na categoria de Melhor Filme, por Quem Matou Pixote?” (1996).Ganhou o Kikito de Ouro na categoria de Melhor Argumento/Roteiro, por Quem Matou Pixote? (1996)
[Festival de Brasília]
Ganhou o Troféu Candango na categoria de Melhor Filme, por A Maldição do Sanpaku (1992). Ganhou o Troféu Candango na categoria de Melhor Realizador/Diretor, por Dois Perdidos Numa Noite Suja (2003). Ganhou o Troféu Candango na categoria de Melhor Argumento/Roteiro, por A Cor do seu Destino (1986).
O Ator
David Rasche, nascido em 7 de agosto de 1944, em St. Louis, Missouri, é um ator americano. Seu pai era um ministro e agricultores. Rasche começou no teatro, mas também já apareceu em filmes diversos e séries de televisão. Ele se tornou um membro da Segunda Chicago City, depois de John Belushi mudou-se para Saturday Night Live. Rasche tem um graduação acadêmica da Universidade de Chicago e também trabalhou como professor e escritor antes de entrar em tempo integral no showbusiness. Ele até apareceu em um especial de PBS.Ele começou a aparecer na TV e filmes em 1977, fazendo sua estréia no cinema em 1978 em uma mulher solteira, dirigido por Paul Mazursky. No ano seguinte, ele teve uma pequena participação no Woody Allen é celebrada comédia de Manhattan. Rasche se juntou ao elenco de Ugly Betty, como membro recorrente na terceira temporada da série em 2009 para quatro episódios.