A mostra reúne a parte mais expressiva da cinematografia produzida por um de nossos maiores criadores audiovisuais que, nos últimos anos, passa por uma redescoberta no Brasil. Estão programados desde seu curta-metragem de estréia, “Documentário” (1966), realizado quando ainda era então um precoce crítico cinematográfico que “fazia cinema com a máquina de escrever”, até “O signo do caos” (2003), último longa de sua autoria.
O emblemático “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Sem essa, Aranha” (1970), “Abismu” (1977) “Nem tudo é verdade” (1985) e “Tudo é Brasil” (1998) integram também a mostra que oferece uma rara oportunidade de iniciação no universo de Sganzerla. Paradoxalmente, seus filmes ainda são pouco difundidos no Brasil e uma ampla parte da sua obra ainda permanece inédita.
Rogério Sganzerla
O cineasta começou sua carreira aos 15 anos, escrevendo sobre cinema no Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo, entre 1964 e 1966. Estreou na direção em 1966, com a película “Documentário”, que recebeu o prêmio de melhor curta-metragem e uma viagem ao Festival de Cinema de Cannes. Em 1968, realizou “O Bandido da Luz Vermelha”, um dos mais importantes filmes brasileiros, posteriormente indicado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 1969, filmou “A mulher de todos”, que obteve grande sucesso de público.
Em 1970, na companhia do cineasta Julio Bressane e da atriz Helena Ignez, fundou a produtora Belair, onde dirigiu e produziu sete filmes em três meses (algo único na cinematografia nacional) entre eles “Copacabana mon amour” (com trilha original composta por Gilberto Gil) e “Sem essa, Aranha”, que se tornou um ícone do cinema de vanguarda. Outras realizações do cineasta são: “Abismu” (1977), com José Mojica Marins (o Zé do Caixão) e Jorge Loredo (o Zé Bonitinho) e a trilogia sobre a passagem de Orson Welles pelo Brasil: “Nem tudo é verdade” (1985), “Linguagem de Orson Welles” (1990) e “Tudo é Brasil” (1998).
Rogério Sganzerla recebeu, em 2003, a Medalha de Ordem do Mérito Cultural e deixou uma preciosa herança para a cultura: mais de 30 filmes, livros, vídeos, fotografias, romances e roteiros.
Abertura na terça-feira, dia 26, às 18h30, com o filme “O BANDIDO DA LUZ VERMELHA”
CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2
Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 2544 4080
Datas: De 26 de abril a 08 de maio (de terça-feira a domingo)
Entrada: R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia entrada)
26 de abril, terça-feira, às 18h30, salas 1 e 2
O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 92 min – PB, Classificação 16 anos)
Após a exibição do filme, haverá coquetel de abertura
27 de abril, quarta-feira
Sala 1, 17h30
ABISMU (1977). (de Rogério Sganzerla, Ficção e documentário – 80 min – COR . 35mm, Classificação 14 anos)
Sala 1, 19h
TUDO É BRASIL (1998). (de Rogério Sganzerla, Documentário – 35mm – 82 min – COR/ PB, Classificação Livre)
28 de abril, quinta-feira
Sala 1, 17h30
NEM TUDO É VERDADE (1985). (De Rogério Sganzerla, Ficção – 35 mm – 95 min – COR/ PB, Classificação 12 anos)
Sala 2, 19h
SEM ESSA, ARANHA (1970). (de Rogério Sganzerla, Ficção – em DVD (versão original em 16mm) – 96 min – COR. Classificação 16 anos)
29 de abril, sexta-feira
Sala 2, 17h30
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (COMICS) (1969). (de Rogério Sganzerla & Álvaro de Moya – em DVD (versão original em 35mm) – 7 min- COR/PB, Classificação Livre)
HORROR PALACE HOTEL (1978). (de Jairo Ferreira – Codireção e montagem: Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD(versão original em Super 8) – 50 min – COR, Classificação Livre)
Sala 1, 19h
BELAIR. (de Noa Bressane e Bruno Safadi, Documentário – 35mm – 80min – COR, Classificação Livre)
30 de abril, sábado
Sala 2, 17h30
DOCUMENTÁRIO (1966). (de Rogério Sganzerla, Ficção – em DVD (versão original em 16 mm) – 11 min – PB, Classificação Livre)
ELOGIO DA LUZ (de Joel Pizzini e Paloma Rocha, Vídeo COR/PB 54 min. 2003, Classificação Livre)
Sala 1, 19h
PERIGO NEGRO (1992). (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 27 min – COR, Classificação Livre)
ISTO É NOEL ROSA (1990). (Documentário – 35mm – 43 min – COR. Classificação Livre).
1 de maio, domingo
Sala 1, 17h30
A MULHER DE TODOS (1969). (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 87 min – PB, Classificação 12 anos)
Sala 1, 19h – Debate
3 de maio, terça-feira
Sala 2, 17h30
A MISS E O DINOSSAURO – Bastidores da Belair 2005. (de Helena Ignez, Documentário – em DVD (versão original em Super 8) – 17 minutos – cor, Classificação 16 anos)
A REINVENÇÃO DA RUA (de Helena Ignez, Documentário, digital, 27 minutos, Montagem Rogério Sganzerla. Classificação Livre)
B2 (de Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi, Ficção – em DVD (versão original em 35 mm) – 11 minutos – PB, Classificação Livre)
BRASIL (1981). (De Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD (versão original em 35mm) – 12 min – COR, Classificação Livre)
Sala 1, 19h
ABISMU (1977). (De Rogério Sganzerla, Ficção e documentário – 80 min – COR, 35mm, Classificação 14 anos)
4 de maio, quarta-feira
Sala 1, 17:30
O SIGNO DO CAOS (2003). (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 80 min – PB/COR, Classificação 12 anos)
Sala 1, 19h00
O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (1968). (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 92 min – PB, Classificação 16 anos)
5 de maio, quinta-feira
Sala 1, 17h30
COPACABANA MON AMOUR (1970). (De Rogério Sganzerla, Ficção – Exibição em 35mm – 85 min – COR, Classificação 16 anos)
Sala 1, 19h00
NEM TUDO É VERDADE (1985). (De Rogério Sganzerla, Ficção – 35 mm – 95 min – COR/ PB, Classificação Livre)
6 de maio, sexta-feira
Sala 1, 17h30
ABISMU (1977). (de Rogério Sganzerla, Ficção e documentário – 80 min – COR, 35mm, Classificação 14 anos)
Sala 2, 19h00
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS (COMICS) (1969). (de Rogério Sganzerla & Álvaro de Moya – em DVD (versão original em 35mm) – 7 min- COR/PB, Classificação Livre)
HORROR PALACE HOTEL (1978). (De Jairo Ferreira. Codireção e montagem: Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD (versão original em Super 8) – 50 min – COR, Classificação Livre)
DOCUMENTÁRIO (1966). (De Rogério Sganzerla, Ficção – em DVD (versão original em 16 mm) – 11 min – PB, Classificação Livre)
7 de maio, sábado
Sala 2, 17h30
LINGUAGEM DE ORSON WELLES (1990). (de Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD (versão original em 35mm) – 22 min – COR/PB, Classificação Livre)
O PETRÓLEO NASCEU NA BAHIA (1981). (de Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD (versão original em 16mm) – 9min – PB, Classificação Livre)
VIAGEM E DESCRIÇÃO DO RIO GUANABARA POR OCASIÃO DA FRANÇA ANTÁRTICA (VILLEGAIGNON) (1976). (de Rogério Sganzerla, Documentário – em DVD (versão original em 16mm) – 17 min – COR, Classificação Livre)
ANÔNIMO E INCOMUM – (Vídeo, 1990, Ficção – 13 min – COR – vídeo, Classificação Livre)
INFORMAÇÃO: H. J. KOELLREUTER (2003, Documentário – 18 min – COR, Classificação Livre)
Sala 2, 19h
SEM ESSA, ARANHA (1970). (de Rogério Sganzerla, Ficção – em DVD (versão original em 16mm) – 96 min – COR, Classificação 16 anos)
8 de maio, domingo
Sala 1, 17h30
TUDO É BRASIL (1998). (de Rogério Sganzerla, Documentário – 35mm – 82 min – COR/ PB, Classificação Livre)
Sala 1, 19h
O SIGNO DO CAOS (2003). (de Rogério Sganzerla, Ficção – 35mm – 80 min – PB/COR, Classificação 12 anos)
Documentário
Numa tarde de ócio, pouco dinheiro e falta de rumo pelas ruas de São Paulo, dois jovens dialogam sobre o que fazer, tendo somente como motivação aquilo de que trata esta estréia de Sganzerla no cinema: o próprio cinema. (Direção, roteiro, montagem, produção e narração: Rogério Sganzerla. Fotografia e câmera: Andrea Tonacci. Elenco: Vitor Loturfo e Marcelo Magalhães. 16 mm PB 11 min. 1966).
O Bandido da Luz Vermelha
Segundo o diretor, o filme “é um far-west sobre o terceiro mundo. Isto é, fusão e mixagem de vários gêneros. (…) um filme-soma; um far-west, mas também musical, documentário, policial, comédia (ou chanchada?) e ficção científica”. Rogério Sganzerla, no seu primeiro longa-metragem, traça um panorama geral e atemporal do Brasil através da trajetória de um foragido da polícia em crise de identidade. Welles, Godard, policial noir, chanchada, Jimi Hendrix, história em quadrinhos, terrorismo, miséria, corrupção política e desespero compõem um painel apocalíptico do país.(Direção, roteiro e seleção musical: Rogério Sganzerla. Fotografia: Peter Overbeck. Câmera: Carlos Ebert. Cenografia: Andrea Tonacci. Montagem: Sylvio Renoldi. Som: Júlio Perez Caballar, Mara Duvall. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas. Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Sérgio Hingst, Pagano Sobrinho, Sergio Mamberti, Luiz Linhares, Sonia Braga, Ítala Nandi, Renato Consorte, Antonio Lima, Maurice Copovilla, Ozualdo Candeias, Roberto Luna, José Marinho, Carlos Reichenbach, Marie Caroline Whitaker, Renata Souza Dantas, Ezequiel Neves e Lola Brah. 35 mm PB 92 min. 1968).
Histórias em quadrinhos (Comics)
Primeiro documentário em curta-metragem de Sganzerla, e sobre uma forma de expressão artística muito presente na sua cinematografia: os quadrinhos. Guiada pelo texto de caráter histórico do especialista Álvaro de Moya, a câmera passeia pelos traços de artistas como Will Eisner, Milton Cannif, Alex Raymond, Al Capp etc.
(Direção: Rogério Sganzerla e Álvaro de Moya. Seleção Musical: Rogério Sganzerla. Narração: Orfeu P. Gregori. Som: Vera Cruz. 35 mm COR/PB 7 min. 1969. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas).
A mulher de todos
Ângela Carne e Osso é uma ninfômana insaciável, casada com Dr. Plirtz, ex-carrasco nazista e dono do truste das histórias em quadrinhos no Brasil. Entediada com sua vida doméstica, passa seu tempo colecionando homens no retiro idílico da Ilha dos Prazeres. Atuação de Helena Ignez marcada pela inventividade, e que se tornou referência na história do cinema brasileiro.
(Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Fotografia: Peter Overbeck. Cenografia: Rogério Sganzerla e Andrea Tonacci. Montagem: Rogério Sganzerla e Franklin Pereira. Seleção Musical: Ana Carolina Soares. Produtores: Rogério Sganzerla e Alfredo Palácios. Som: Julio Perez Caballar. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas e Servicine. Elenco: Helena Ignez, Jô Soares, Stênio Garcia, Paulo Villaça, Antonio Pitanga, Abrahão Farc, Thelma Reston, Silvio de Campos Filho, José Carlos Cardoso, Antonio Moreira e José Agrippino de Paula. 35 mm COR/PB 87 min. 1969).
Copacabana mon amour
Apresenta a mitologia do submundo do bairro caracterizada ao gosto de uma chanchada tropical. Helena Ignez é Sônia Silk, sempre à sombra do poder do patrão do seu irmão, por quem este sofre de uma paixão incontrolável. É um filme brasileiro em CinemaScope, rodado, em boa parte, em favelas do Rio de Janeiro. A trilha sonora original é de Gilberto Gil.
(Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Assistente de direção: Guará Rodrigues. Produção: Júlio Bressane e Rogério Sganzerla. Fotografia e câmera: Renato Laclete. Montagem: Rogério Sganzerla. Assistente de Montagem: Gilberto Santeiro. Trilha sonora original: Gilberto Gil. Elenco: Helena Ignez, Paulo Villaça, Otoniel Serra, Lilian Lemmertz, Joãozinho da Goméia, Laura Gallano e Guará Rodrigues. Companhia produtora: Belair. 35 mm COR 96 min. 1970)
Sem essa, Aranha
Sem essa, Aranha é um experimento radical de linguagem e interpretação. O filme reflete, muito singularmente, a situação pela qual o país atravessava no período (1970) num total de aproximadamente quinze planos-sequências.
(Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Assistentes de direção: Kleber Santos e Ivan Cardoso. Produção: Júlio Bressane e Rogério Sganzerla. Fotografia e câmera: Edson Santos e José Antonio Ventura. Montagem: Rogério Sganzerla e Júlio Bressane. Som: Guará Rodrigues. Elenco: Jorge Loredo, Helena Ignez, Maria Gladys, Luiz Gonzaga, Moreira da Silva e Aparecida. Companhia produtora: Belair. 16mm, COR, 96 min. 1970).
Viagem e descrição do Rio Guanabara por ocasião da França Antártica
Inspirado em Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry, este curta-metragem aborda a trajetória do aventureiro Nicolas Durand de Villegagnon e a formação da colônia francesa no Rio de Janeiro, composta predominantemente por piratas sob o seu comando, no século XVI. Rodado nos locais onde se sucederam os episódios históricos, como o Forte Coligny, na Ilha das Cabras, Viagem conta com Paulo Villaça no papel de Villegagnon.
(Roteiro (baseado em Viagem à terra do Brasil), produção e direção: Rogério Sganzerla. Fotografia: Paulo Sérgio. Montagem: Ramon Alvarado. Diretor de produção: Wilson Monteiro Filho. Elenco: Paulo Villaça. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções. 16 mm, COR 17 min. 1976)
Abismu
Inscrições em algumas das cavernas da Pedra da Gávea que remontam ao período pré-colonial são o ponto de partida para este tributo a Jimi Hendrix e ao poder de Mu, divindade fenícia celebrada por um fanatizado e intergaláctico Zé Bonitinho. Com acento experimental, trilha sonora de Hendrix e atuação de José Mojica Marins no papel de um cientista egocêntrico, este filme marca o retorno de Sganzerla ao longa-metragem após um considerável período afastado das telas.
Direção, roteiro, produção e montagem: Rogério Sganzerla. Direção de produção: Ivan Cardoso. Seleção Musical: Rogério Sganzerla. Fotografia: Renato Laclete. Som: Dudi Gupper. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas. Elenco: Norma Bengell, José Mojica Marins, Wilson Grey, Jorge Loredo, Edson Machado, Mário Thomar, Mariozinho de Oliveira e Satã. 35 mm COR 80 min. 1977
Brasil
Curta-metragem que registra os bastidores da gravação do disco Brasil, de João Gilberto, de 1981, com a presença de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia no estúdio. Dorival Caymmi, Ary Barroso, Grande Otelo e Eros Volúsia, em performances raramente registradas, e Orson Welles, no carnaval do Rio, compõem o quadro visual deste curta que apresenta uma imagem singular do país.
Direção, roteiro e produção: Rogério Sganzerla. Elenco: João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia. 35 mm COR 12 min. 1981. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas
A cidade do Salvador (Petróleo jorrou na Bahia)
Documento sobre as relações de poder entre classes no contexto sócio-cultural da Bahia a partir do histórico local de exploração do petróleo.
Direção e montagem: Rogério Sganzerla. 16 mm, PB, 9 min. 1981. Companhia produtora: Rogério Sganzerla Produções Cinematográficas
Nem tudo é verdade
Sobre a vinda de Orson Welles ao Brasil em 1942 para filmar It’s All True, projeto que ficou fadado à incompreensão e à sabotagem dos estúdios de Hollywood. Arrigo Barnabé interpreta o diretor de Cidadão Kane, então desfrutando como nunca do status de maior gênio precoce do cinema mundial.
Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Fotografia: Edson Batista, Victor Diniz, Carlos Ebert, José Medeiros, Edson Santos, Afonso Viana. Montagem: Severino Dadá e Denise Fontoura. Direção de arte e figurinos: Raul Williams. Música: João Gilberto. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. Elenco: Arrigo Barnabé, Grande Otelo, Helena Ignez, Nina de Pádua, Mariana de Moraes, Vânia Magalhães, Abrahão Farc, Otávio Terceiro, José Marinho, Geraldo Francisco, Mário Cravo e Nonato Freire. 35 mm, COR/PB, 95 min. 1985.
Isto é Noel Rosa
Média-metragem que retoma um dos personagens de maior importância do universo de referências de Rogério Sganzerla. Após Noel por Noel (1981), a trajetória de Noel Rosa, aqui, conta – além das imagens documentais, com filmagens que retratam uma caminhada do compositor pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval.
Direção: Rogério Sganzerla. Montagem: Sylvio Renoldi e Rogério Sganzerla. Fotografia: Dib Lufti. Produção executiva: Diana Eichbauer. Arquivo: Jorge Pereira Vaz. Imagens: Marcelo Marsilac, Sergio Arena, Newton Gomes, José Sette. Design: Edmundo Souto. Arte finalista: Ana Rita. Figurinos: Diana Eichbauer. Som direto: Joaquim Santana. Musicas: João Gilberto/Gal Costa. Elenco: João Braga. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. 35 mm, COR, 43 min. 1990.
Anônimo e incomum
Documentário sobre o artista plástico Antonio Manuel.
(Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Elenco: Helena Ignez e Nonatho Freire. Fotografia: Marcos Bonisson. Trilha sonora original: Fernando Moura. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. Vídeo, COR, 13 min. 1990).
Linguagem de Orson Welles
Curta-metragem da tetralogia sganzerliana que trata da vinda do então enfant terrible hollywoodiano ao Brasil para filmar It’s All True, Linguagem de Orson Welles trabalha com materiais documentais (recortes de jornal, fotos, cine jornais etc) similares aos que seriam usados em Tudo é Brasil, oito anos depois.
Direção: Rogério Sganzerla. Elenco: John Huston, Edmar Morel, Grande Otelo. Música: João Gilberto. Montagem: Severino Dada. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. 35 mm, COR/PB, 15 min. 1990)
Perigo Negro (episódio de Oswaldianas)
Adaptado livremente de um roteiro cinematográfico escrito por Oswald de Andrade para o ciclo inacabado Marco Zero, Perigo Negro faz parte do longa Oswaldianas. Perigo Negro trata do craque homônimo que, em franca ascensão, tem a sua carreira sabotada por um cartola inescrupuloso.
(Direção, adaptação, produção e diálogos adicionais: Rogério Sganzerla. Argumento original: Oswald de Andrade. Fotografia e câmera: Nélio Ferreira Lima. Montagem: Sylvio Renoldi. Direção de Arte e produção executiva: Bayard Tonelli. Música: Paulo Moura. Instrumentista: Edson Maciel. Consultor musical: Otávio Terceiro. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. Elenco: Abrahão Farc, Helena Ignez, Antonio Abujamra, Tita, Paloma Rocha, Betina Vianny, Conceição Senna, Guaracy Rodrigues, Bayard Tonelli, Sandro Solviat Ninho de Morais e Paulo Moura. 35mm, COR, 27 min. 1992)
Tudo é Brasil
Documentário em longa-metragem sobre o período de permanência de OrsonWelles no Brasil em 1942 para a realização de It’s All True, projeto logo boicotado pelos estúdios de Hollywood. Nele, fragmentos de imagens que registram Welles no Rio, Salvador e Fortaleza são sobrepostos por gravações em áudio de alguns depoimentos radiofônicos seus e de composições interpretadas por artistas como Carmem Miranda e Herivelto Martins.
Direção e roteiro: Rogério Sganzerla. Montagem: Sylvio Renoldi e Rogério Sganzerla. Produção executiva: Rojer Garrido. Companhia produtora: Tupan Produções Cinematográficas. 35 mm, COR/PB, 82 min. 1998.
B2
Curta-metragem com precioso material inédito, realizado a partir das sobras de O Bandido da Luz Vermelha e Carnaval na lama. Espécie de mostruário do método de trabalho de Sganzerla, em muito calcado em técnicas singulares de montagem. Sylvio Renoldi, montador do Bandido e deste curta, assina também a codireção. Mais uma vez, Jimi Hendrix na trilha sonora.
Direção e montagem: Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi. Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Lanny Gordin, Gal Costa, Jards Macalé. 35mm, PB, 11 min. 2001. Companhia produtora: Mercúrio Produções.
Informação: H. J. Koellreuter
Retrato de Hans-Joachim Koellreuter, uma das mais influentes figuras da histórica Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, nos anos 1950. Aluno de Hindemith, mestre de Claudio Santoro, Guerra Peixe e Edino Krieger, entre muitos. Pensamento, aforismos, performance, música.
Direção: Rogério Sganzerla. Fotografia: Marcos Bonisson. Montagem: Marina Weis. Mixagem: Ricardo Reis. Trechos de composições utilizadas: Tanka II, H. J. Koellreuter. Companhia produtora: Mercúrio Produções. Vídeo COR, 18 min. 2003
O signo do caos
Rogério Sganzerla, em O signo do caos, seu último filme, prova mais uma vez ser um inovador da linguagem cinematográfica com esta obra de reflexão sobre os percalços da Sétima Arte no Brasil.
Direção, roteiro e produção: Rogério Sganzerla. Fotografia: Marcos Bonisson e Nélio Ferreira. Montagem: Rogério Sganzerla e Sylvio Renoldi. Seleção Musical: Rogério Sganzerla e Sinai Sganzerla. Direção de arte: Sérgio Reis. Companhia produtora: Mercúrio Produções. 35mm, COR/PB 80 min. 2003. Elenco: Otávio Terceiro, Sálvio do Prado, Helena Ignez, Guaracy Rodrigues (Guará), Freddy Ribeiro, Djin Sganzerla, Camila Pitanga, Giovana Gold, Eduardo Cabus, Gilson Moura, Felipe Murray, Vera Magalhães, Anita Terrana e Ruth Mezek.
Horror Palace Hotel
Nos bastidores do Festival de Brasília de 1978, cineastas como Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Elyseu Visconti e José Mojica Marins pontificam sobre o cinema no Brasil e questões relativas ao primado do gênio na criação artística. Destaque para os comentários do crítico e pensador cultural Luis de Almeida Salles, entrevistado por Sganzerla.
Filmado por Jairo Ferreira e Rogério Sganzerla. Direção: Jairo Ferreira. Depoimentos: José Mojica Marins, Francisco Luis de Almeida Salles, Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Ivan Cardoso, Neville D’Almeida, Rudá de Andrade, Elyseu Visconti, Bernardo Vorobov, Dilma Loes, Renato Consorte e Satã. Super-8 COR 50 min. 1978
A miss e o dinossauro 2005 – bastidores da Belair
Ao registrar em Super-8 o making-of de Cuidado, madame e Sem essa, Aranha, duas produções simultâneas da Belair, Helena tinha o projeto de fazer este documentário à época do lançamento dos filmes da produtora, o que não foi possível. Em 2005, ela dá forma final ao ensaio, narrando em primeira pessoa sua experiência com o grupo.
Direção e roteiro: Helena Ignez. Câmera: Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Ivan Cardoso e Helena Ignez. Montagem: André Guerreiro Lopes. Produção executiva: Ester Fér. Edição de som: Pedro Noizyman. Voz em off: Rogério Sganzerla e Helena Ignez. Pesquisa: Helena Ignez e Ester Fér. Seleção musical: Helena Ignez. Elenco: Helena Ignez, Maria Gladys, Guará, Jorge Loredo, Aparecida, Kleber Santos, Bety Faria, Rogério Sganzerla, Júlio Bressane, Ivan Cardoso e Neville d’Almeida. Companhia produtora: Mercúrio Produções. Super-8, COR, 18 min. 2005.
Elogio da Luz
O filme coloca às avessas a cronologia dos seus filmes, revelando as relações entre seu processo criativo e sua trajetória como pensador do cinema. Depoimentos de personalidades que conviveram com ele na intimidade e nos sets de filmagem pontuam os 54 minutos desse documentário.
Direção: Joel Pizzini e Paloma Rocha. Produção: Paloma Cinematográfica e Canal Brasil. Vídeo, COR/PB, 54 min. 2004
Belair
Direção: Bruno Safadi e Noa Bressane. Produção: 2009. 16 mm COR/PB 80 min. 2009. Filme que resgata a trajetória da produtora independente Belair, de Rogério Sganzerla e Julio Bressane, que realizou, no primeiro semestre de 1970, seis filmes em três meses, todos censurados e razão do exílio forçado dos cineastas do país.
Reinvenção da rua
Em Reinvenção da rua, Helena Ignez assina seu primeiro filme como diretora. É uma homenagem ao arquiteto e artista contemporâneo norte-americano Vito Acconti, que realizara uma intervenção urbana sob um viaduto em São Paulo, transformando aquele espaço para ser aproveitado pela população de rua que vivia nas redondezas.
(Direção, roteiro, produção e produção executiva: Helena Ignez Fotografia: Marcos Bonisson e Rogério Sganzerla. Câmera: Eduardo Barioni. Montagem: Rogério Sganzerla. Desenho de som: Rogério Sganzerla. Música: Walter Smetack. Elenco: participação de Vito Aconcci. Companhia produtora: Mercúrio Produções. Vídeo, COR, 27 min. 2003).
1 Comentário para "Mostra: Rogério Sganzerla [Caixa Cultural RJ]"
opa opa… vou ver esta semana =)
Valeu!!!