Direção: Daniel Ribeiro
Roteiro: Daniel Ribeiro
Elenco: Ghilherme Lobo, Tess Amorim, Fabio Audi
Fotografia: Pierre de Kerchove
Montagem: Cristian Chinen
Música: Tatá Aeroplano e Juliano Polimeno
País: Brasil
Ano: 2010
Duração: 17 minutos
A opinião
“Eu não quero voltar sozinho” é um curta-metragem que aborda o amor sem barreiras e preconceitos. Não há a definição exata de sentimentos, apenas os deixam livres. É um casal de amigos. Um cego e a outra não, que tem a amizade balançada pela figura de um “estranho”, um novo aluno. Retrata uma vida comum: de estudos, frustrações ingênuas por causa da idade, já que eles são adolescentes. A característica do diretor Daniel Ribeiro é extrair a sensibilidade dos seus personagens, sem clichês melodramáticos e ou óbvios.
E neste quesito ele é extremamente competente. Junto a isso, a escolha dos atores funciona com um olhar clínico. A sensação que o espectador tem é a de vivenciar um resgaste à pureza realista. Daniel repete neste curta, a incrível experiência cinematográfica, porém conservando a naturalidade das ações, que fez em “Café com leite”. O seu mais recente curta, em questão, será transformado em longa “Todas as coisas mais simples”. “Luta quase diária para isto acontecer”, disse o diretor. Há a metáfora sutil ao transpassar uma narrativa simples, funcional, inteligente, “fofa” e tecnicamente impecável. Concluindo, um filme que deve ser visto e revisto. Portanto prepare o lenço, porque emociona pra valer. Excelente.
A Sinopse
A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda com a chegada do novo aluno na escola. Enquanto tem que lidar com o ciúmes da amiga Giovana, precisa entender os sentimentos despertados pelo novo amigo, Gabriel.
Nasceu em São Paulo em 1982. Dirigiu Café com Leite (2007), curta que participou de 80 festivais ao redor do mundo e recebeu o Urso de Cristal no 58º Festival de Cinema de Berlim.
1 Comentário para "Crítica Curta: Eu não Quero Voltar Sozinho"
O curta é ótimo e concordo em tudo com crítico. Este filme é uma prova de que é possível fazermos curta-metragens de qualidade no Brasil. Mas infelizmente o curta tem pouco espaço e pouco interesse comercial. Consequentemente, se investe pouco no curta e são produzidos anualmente dezenas de longas, muitos medíocres e de pouco público.