A opinião
É um filme sobre quem tem dinheiro e que não tem. Com uma boa edição e uma fotografia ensolarada, nada além do básico, aborda vidas vazias, com conversas futéis e sem nenhum conteúdo. Os jovens são infantis, mimados, imaturos, alienados e “babacas”, como se diz no longa. Cópia dos pais. Fazem o que querem, como deuses. É moderno, gostoso de assistir numa atmosfera que lembra e muito o mundo da moda. É estético e elegante. É social também. Trabalha a questão do poder. O medo dos empregados gerando uma convivência fria, superficial e extremamente educada. Mesmo com tudo, a preguiça e o tédio existem. O filme é comum e repetitivo. De fácil digestão, mas perdido. Não é urgente, nem necessário. Algumas cenas são inexperientes de causar pena. A revolta de um personagem aparece, mostrando que a realidade é muito diferente, porém mais consistente. Embala com Gipsy Kings e a música ‘Tonada de la luna llena”.Termino citando uma frase “Morar na favela o deixou mais socializado”. Chato e sem propósito.
Ficha Técnica
Direção:Josue Mendez
Roteiro:Josué Méndez
Elenco:Maricielo Effio, Sergio Gjurinovic, Anahí de Cárdenas, Edgar Saba
Fotografia:Mario Bassino
Montagem:Roberto Benavides
Música:Leonardo Barbuy
País:Peru / Argentina / França / Alemanha
Ano:2008
A Sinopse
Os irmãos Diego e Andrea, membros da classe alta peruana, estão prestes a entrar na faculdade. Eles passam as férias em sua bela casa de praia, em companhia do pai, um rico executivo, e da namorada dele, vinte anos mais nova. Os dois jovens vivem uma rotina incessante de festas, repletas de álcool e drogas. Mas para Diego nem tudo é perfeito: além da relação difícil que tem com o rígido pai, alimenta uma paixão não-correspondida pela irmã. Imerso numa elite fechada em si, onde todos comportam-se como deuses, sem regras, crenças ou morais, o rapaz luta para encontrar seu espaço.
O Diretor
Nasceu em 1976, no Peru. Formou-se em Cinema e Estudos Latino-Americanos na Universidade de Yale em 1998. Dirigiu três curtas-metragens até realizar seu primeiro longa, Dias de Santiago (2004), vencedor do Grande Prêmio no Festival de Friburgo. Também dirige comerciais e trabalha com edição, roteiro e produção executiva. Este filme foi desenvolvido na residência Cinéfondation do Festival de Cannes e é seu segundo longa.