Por Fabricio Duque
“Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”,
da diretora belga Cécile Telerman (de “Se Fazendo de Morto”, “Tudo Pelo Prazer”),
integra a “nova onda contemporânea” de filmes franceses que buscam a estrutura
americana hollywoodiana, ao utilizar a comédia-novela de situações-erros, incorporando
características típicas como a superficialidade a fim de traduzir as histórias
por meio da atmosfera da leveza narrativa, pincelando reiterações das reações
comportamentais dos franceses, e conjugando trilha sonora dos dois estilos. O
roteiro é transpassado por elipses temporais, “causando” um equilíbrio desnorteado,
perdido e sem ritmo (como as lembranças por filmes caseiros – período que
estudou na New York Film Academy e do grande amor passado), apenas retratando
instantes em núcleos segmentados. Aqui há mulheres infelizes no casamento,
filha rebelde (cruel e oportunista), mãe autoritária, irmã “ghost writer” (livro
feminista a La Virginia Woolf), o marido que viaja para criar crocodilos, entre
tantos outros gatilhos comuns que precisam acontecer para que a história possa
se desenvolver banalmente, como o natal, o jogo de futebol, os jantares, e os “esbarrões”
em possíveis “novos” amores. Tenta-se uma naturalidade François Ozón de ser,
porém há a fragilidade da artificialidade, que busca tanto o “consumo” palatável,
que esquece realmente de aprofundar detalhes, com reações que beiram a
caricatura e o clichê ambulante (enquanto ela chora no cinema, ele dorme; a
secretaria que dorme com o chefe; e a apelação máxima de um irmão gêmeo – um modelo,
outro intelectualizado). Com uma sucessão de reviravoltas óbvias e “mastigadas”,
“Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”, que conta ainda com um elenco de famosos
atores (Julie Depardieu, Emmanuelle Béart, Patrick Bruel) infelizmente opta
pela expatriação, vagando sem rumo pelo limbo cinematográfico.
da diretora belga Cécile Telerman (de “Se Fazendo de Morto”, “Tudo Pelo Prazer”),
integra a “nova onda contemporânea” de filmes franceses que buscam a estrutura
americana hollywoodiana, ao utilizar a comédia-novela de situações-erros, incorporando
características típicas como a superficialidade a fim de traduzir as histórias
por meio da atmosfera da leveza narrativa, pincelando reiterações das reações
comportamentais dos franceses, e conjugando trilha sonora dos dois estilos. O
roteiro é transpassado por elipses temporais, “causando” um equilíbrio desnorteado,
perdido e sem ritmo (como as lembranças por filmes caseiros – período que
estudou na New York Film Academy e do grande amor passado), apenas retratando
instantes em núcleos segmentados. Aqui há mulheres infelizes no casamento,
filha rebelde (cruel e oportunista), mãe autoritária, irmã “ghost writer” (livro
feminista a La Virginia Woolf), o marido que viaja para criar crocodilos, entre
tantos outros gatilhos comuns que precisam acontecer para que a história possa
se desenvolver banalmente, como o natal, o jogo de futebol, os jantares, e os “esbarrões”
em possíveis “novos” amores. Tenta-se uma naturalidade François Ozón de ser,
porém há a fragilidade da artificialidade, que busca tanto o “consumo” palatável,
que esquece realmente de aprofundar detalhes, com reações que beiram a
caricatura e o clichê ambulante (enquanto ela chora no cinema, ele dorme; a
secretaria que dorme com o chefe; e a apelação máxima de um irmão gêmeo – um modelo,
outro intelectualizado). Com uma sucessão de reviravoltas óbvias e “mastigadas”,
“Os Olhos Amarelos dos Crocodilos”, que conta ainda com um elenco de famosos
atores (Julie Depardieu, Emmanuelle Béart, Patrick Bruel) infelizmente opta
pela expatriação, vagando sem rumo pelo limbo cinematográfico.