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Mother – A Busca Pela Verdade

Pode confiar no épico maternal!

Por Fabricio Duque

Durante o Festival do Rio 2009

Mother – A Busca Pela Verdade

“Mother – A Busca Pela Verdade” é o novo longa de Bong Joon-ho diretor que dirigiu um dos episódios do filme “Tokyo!”. Começa com um roteiro bobinho, comum e até meio patético, com elementos de graça irônica. Há um crescimento passo a passo da história. O entendimento aparece. Somos conduzidos para dentro do filme, sofremos e ajudamos a luta da mãe para salvar seu filho único. Até que ponto uma progenitora chega para protegê-lo. A relação dos dois é de cumplicidade, com o cuidado excessivo dela, não julgando os deslizes alienados dele. Não há moral. Os outros são apresentados como idiotas por ridicularizarem um acontecimento. As pessoas são massificada pelo que os outros mais poderosos determinam.

Cria-se um descaso geral com o próximo. A personagem da mãe cresce de tão forma que vivenciamos o seu desespero ingênuo, sem conhecimento e com a força necessária para levar às últimas consequências os seus atos. Surpreende e cria uma sensação de esgotamento nervoso na cadeira do cinema e um ‘bolo’ na garganta. “Mother – A Busca Pela Verdade” é muito sensível. A interpretação é da mãe. O filme é dela, tanto que o nome que o diretor deu é esse. O final chega e achamos o início lírico real. Gostaria de entender o poder que os cineastas coreanos possuem para manipular as emoções dos que estão assistindo. Usam e abusam de metáforas. E mesmo assim fazem um ambiente condizente com tudo que é apresentado. Frases do filme “Feijão e arroz é comida de presidiário… Não confie em ninguém, nem em mim”. Recomendo o épico maternal, pode confiar.

“Mother – A Busca Pela Verdade” é sobre Hye-ja, uma viúva e dedica a vida a seu único filho Do-joon que, apesar de ter 28 anos, é totalmente dependente dela. Quando o corpo de uma menina é encontrado num prédio abandonado próximo à sua residência, o tímido Do-joon passa a ser considerado o principal suspeito. Mesmo sem evidências incriminatórias, a vontade da polícia em fechar o caso, e a incompetência do advogado de defesa, fazem a condenação parecer inevitável. Sem escolha, e determinada a provar a inocência do filho, Hye-ja decide encontrar o assassino sozinha. Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes de 2009.

4 Nota do Crítico 5 1

Conteúdo Adicional

  • Tava curiosa pra saber se vc tinha visto esse e o que vc falaria!

    Tb vi ontem…mas não gostei não…

    Achei que o filme não se decidiu por qual linha de roteiro seguir e virou um tremendo samba do coreano doido…se esticou demais onde não devia….

    Enfim, hj acho que vai ser melhor !!! 😛

  • Também não gostei! Achei até que o filme tinha um bom argumento. A mãe dedicada que fica tão obcecada em proteger o filho e provar sua inocencia que acaba se cegando a ponto da insanidade. Mas o filme se perde num roteiro terrivel e até risível em alguns pontos. O diretor não soube que caminho seguir. Tinha horas que parecia que o filme ia virar um thriller policial ( e tinha até bons elementos que poderiam gerar uma boa trama para isso). Em outros momentos, virava um melodrama e por fim vira um novelão. Isso sem falar que o filme é extremamente longo e tem personagens demais.

    Falei =D

    Ontem eu dei mais sorte com o Black Dynamite 😛

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