Curta Paranagua 2024

Crítica: Minions
Por Fabricio Duque

A animação “The Minions”,
dirigida pelos diretores Kyle Balda e Pierre Coffin (este último que também
dublou a voz dos oitocentos e noventa e nove Minions) apresenta-se como um
preâmbulo explicativo das origens milenares dos “funcionários-seguidores” do vilão
de “Meu Malvado Favorito”, cujo filme aborda a “aceitação” humanizada da
maldade (e da crueldade-picardia de se rir das pequenas tragédias alheias, como
tombos, por exemplo – sem perder a ternura e o carinho afetuoso que um sente
pelo outro). Aqui, as “criaturas amarelas” procuram um novo líder (um “bad evil
boss”) para seguir. Talvez, o roteiro exija uma demasiada responsabilidade dos
Minions, que passam de coadjuvantes a protagonistas; assim o que era “fofo” e
de humor politicamente incorreto, é transformado em um infantil gênero pastelão
(com direito à apelação de fisiologismos – flatulências e afins à moda de
“Shrek”). Logicamente, é inegável a diversão, especialmente pelas passagens-versões
da história do mundo e pela trilha sonora que inclui The Beatles, The Rolling
Stones, The Kinks, Jimi Hendrix, The Turtles, The Doors, The Woo e trilhas de
filmes como “Cantando na Chuva” e “Hair”. Os Minions (com uma língua-idioma
chamada “Minionese”, que                mistura
inglês, italiano, francês, espanhol, português, malaio, indonésio, e que mantém
um banco de dados para que as palavras já inventadas sejam repetidas para dar a
impressão que é um idioma de verdade) são criaturas pequenas, amarelas que têm
existido desde o início do tempo, evoluindo a partir de organismos unicelulares
em seres que têm apenas um propósito: servir “masters” da história (T. Rex,
Genghis Khan, Napoleão), porém com o comportamento desastrado, os destrói
acidentalmente. A trama acontece em 1968 e funciona como se fosse um “Meu
Malvado Favorito – ano zero), e conta que estes seres entram em depressão desde
a morte de seu antigo mestre, eles tentam encontrar um novo chefe. Três
voluntários, Kevin, Stuart e Bob, vão até uma convenção de vilões nos Estados
Unidos e lá se encantam com Scarlet Overkill (Sandra Bullock), que ambiciona
ser a primeira mulher a dominar o mundo e se tornar a rainha da Inglaterra. Entre
bananas, comédia de erros, acasos mirabolantes, sortes indecifráveis, “Minions”,
também na versão 3D e dublado (que conta com a atriz Adriana Esteves que
emprestou a voz a Scarlett, Sandra Bullock – que por sinal vivenciou seu
primeiro papel de uma vilã no cinema) conclui uma experiência aquém da
aguardada. Não é ruim, mas falta uma maior perspicácia dramática. Como foi
dito, é apenas “fofo”. 

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