Por Philippe Torres
O diretor de “Livrai-nos do Mal”, Scott Derrickson, acumula em seu currículo seu quarto filme do gênero terror, tendo realizado cinco películas no total. Depois do sucesso obtido em “O Exorcismo de Emily Rose”, vem gerando fracassos em sua carreira como o refilmagem de “O Dia em que a Terra Parou” com Keanu Reeves e, mais recentemente, “Entidade”, sendo este bastante dividido na opinião pública. O longa-metragem conta a história de um policial cético que começa a investigar um caso em que uma explicação racional não se encaixa. Tudo começa em uma missão de guerra no Iraque em 2010, três soldados, ao entrar em um buraco, são vítimas de “algo” sobre-humano. Com um roteiro construído na base de diálogos desinteressantes e desnecessários, que acabam enfraquecendo aqueles que realmente importam, estabelece-se conflitos “ínfimos” vividos pelo personagem principal, desenvolvendo um roteiro bastante ineficiente. O pai de família que trabalha muito e não fica com sua esposa e filha. Esse detalhe é constantemente repetido, “empurrando goela abaixo” informações facilmente perceptivas ao espectador, os subestimando. A fotografia apresenta-se extremamente sombreada do início ao fim, porém, não colabora com um clima amedrontador provindo do gênero em questão. Ao contrário, evoca características pertinentes a outro modelo, os filmes de investigação policial. Somada a esta deficiência, a narrativa utiliza-se de uma montagem contínua e simples, evocando um sistema de produção de imagens muito parecido com a linguagem televisiva. Dessa forma, é possível concluir que “Livrai-nos do Mal” é bastante semelhante aos episódios, por exemplo, de “Supernatural”, só que exibido na tela do cinema. Um policial comum que busca soluções para um caso, com uma pitada de doses de possessão, claro, não pode faltar. Para arte, um ponto negativo. Aos fãs de séries ao estilo citada anteriormente, aproveitem.