Por Fabricio Duque
“Eu Estava Justamente Pensando Em Você”, título açucarado-comercial de “Comet” (cometa na tradução literal), é um típico filme que não poupa nenhum cliché existente nos universos terráqueos e cósmicos. Os gatinhos comuns corroboram a mesma estrutura caraterística do gênero de uma comédia romântica de situações: as frases “cafonas” apaixonadas (exacerbadas pela trilha sonora sentimental), que geram o efeito manipulador e “diabético”; as picardias respeitosas; as idiossincrasias cúmplices; a câmera lenta; e o constante desejo de transpassar maturidades existencialistas nos diálogos perspicazes e “pseudo” adultos, porém, estes, por sinal, só se comportam “desconfortáveis”, vazios, ingênuos, verborrágicos, mimados, desengonçados e excessivamente “bobinhos”. O roteiro transforma seus personagens em adolescentes infantilizados “brincando” de sinceridades e dramas desprovidos de sensibilidades, mas que na verdade são efémeros na credibilidade. A narrativa cria uma exceção positiva, a de “buscar” a aura “Sundance” de ser, “conduzindo” o espectador pelo “trem temporal” da nostalgia-presente de seis anos, intercalando estágios (o início, o fim, o meio, “DRs” e o recomeço) do relacionamento deste casal de atores Justin Lung (de “Amor à Distância”, “Para Maiores”, “Ele Não Está Tão A Fim de Você”) e Emmy Rossum (de “Dezesseis Luas”, “Um Momento Pode Mudar Tudo”), que realmente se desdobram com maestria para “acolher” quem assiste, contudo são “prejudicados” pelo próprio roteiro que “dá um tiro no pé” e que se perde na própria “viagem psicodélica-boreal intergalática”. Assim, o longa-metragem, dirigido pelo americano Sam Esmail (de “Perseguidos pela Morte” e “Mr. Robot”) é “rotulado” como mais um palatável-óbvio integrante da “estética” padronizada e sem substância de “exemplares de casais” que pululam as sessões das tardes televisivas. Aqui, pode-se traduzir como uma fábula-amorosa que tem como mensagem a explicação de que todos nós somos instrumentos para que ex-namorados (as) sejam incondicionalmente felizes com seus (suas) atuais. Quem nunca “serviu” de ponte ao verdadeiro amor e que permanece sozinho (a) ainda acreditando que o “príncipe-princesa” está nos esperando em algum lugar e ou em algum evento de “chuva de meteoros” e ou em algum “cemitério” e ou possa ser apenas um “sonho-projetado-realista”. Concluindo, um filminho raso para “descansar” a mente “cansada” depois de um dia “cheio” e ainda “ficar bem” com a namorada (o).
2 Comentários para "Crítica: Eu Estava Justamente Pensando Em Você"
Eu nunca vi tantas aspas num texto desse tamanho, em toda a minha vida.
Eu acho que a sua crítica é muito rasa, para um filme que aborda o gênero romance (já tão saturado) de uma forma tão bela, e sem aquele conhecido final feliz do gênero. Enfim na minha opinião não é um filme raso e clichê.