Adam and Dog
O curta-metragem americano, de 15 minutos, é dirigido por Minkyu Lee. A trama aborda a solidão de um cão no Jardim do Éden. Adão “conquista” a atenção do animal, mas o abandona, talvez por não ter lido o livro “O Pequeno Príncípe”, lógico, que diz “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativas”. A insistência do cão pela companhia gera a positividade do resultado, mesmo quando a “reviravolta” acontece ao casal humano. Um curta tênue, sutil, com cores superexpostas, mas nostálgicas, mostra a felicidade de antes e a tristeza do final.
Fresh Guacamole
O mais curto dos filmes em questão aqui é dirigido por PES (Adam Pesapane), também americano, apresenta uma fábula que transforma o concreto em fantasia possível, utilizando-se de objetos familiares, que muitas das vezes, não combinam, como uma granada por exemplo, tenta ou mostrar que o prato gastronômico é uma bomba, ou que com criatividade se pode fazer qualquer coisa. Definitivamente não descobri o ponto preterido.
Head Over Heels
O título À Coeur Joie, traduz-se melhor em “2 semanas em Setembro”. Dirigido pelo francês Serge Bourguignon, traz a metáfora de um longo casamento. O casal aprende a conviver, respeitando espaços, manias, tempos e convivem “de cabeça para baixo”. O elemento surreal resume praticamente toda história deste incrível curta de massinha. Aos poucos, o amor um pelo outro estabiliza e cai na normalidade (e no comodismo cotidiano). Mas uma ação, por menor e simples que seja, pode mudar a percepção e resgatar a volta da lembrança apaixonada.
Maggie Simpson in “The Longest Daycare”
Só mesmo a fanfarrice dos criadores da série Os Simpsons para mostrar o lado sarcástico e “sóbrio” de uma creche, pela personagem Maggie Simpson, que é deixada lá pela mãe. Os detalhes conduzem a narrativa, personificando atos cruéis do terrível “amiguinho” Gerald, que mata tudo o que vê pela frente. Ela, com pena de uma borboleta, tenta salvá-la desta ameaça. O tom de humor negro (negro) aumenta a culpa do espectador ao rir das “desgraças” alheias.
The Paperman
Definitivamente, o mais fofo de todos, e logicamente, produzido pelos estúdios Disney. O curta-metragem resgata a essência poética, fantasiosa e sentimental da sinestesia (misturando técnicas clássicas dos primeiros de Walter Disney com computação gráfica musicada – o foto-realismo) corajosamente utilizando-se da fotografia preto-e-branco, e silêncios preenchidos pelo música. “The Paperman” passou nos cinemas antes da exibição do filme “Detona Ralph”. Dirigido por John Kars, que foi animador em “Enrolados” e “Ratatouille”, é sem sombras de dúvdas, o favorito ao prêmio.