Balanço Geral e Vencedores do Latam Short Film Festival 2025
Curtas nas Alturas: “Samba Infinito”, de Leonardo Martinelli, e “Cuarto da Hora”, de Nemo Arancibia, saem premiados em cerimônia presencial que aconteceu em território chileno
Por Clarissa Kuschnir
Nos últimos anos, os curtas-metragens têm ganho algumas janelas além dos festivais como: plataformas próprias para o formato, plataformas como Itaú Play, SPCine Play, Sesc Cinema em Casa, exibições em cinema como no Espaço Petrobrás Augusta, e aqui no Vertentes do Cinema, com a nossa já conhecida e tradicional Mostra Um Curta Por Dia (sim, somos o único site de crítica de cinema a passar curtas) e desde outubro, a Latam Airlines exibe em seus aviões seis curtas brasileiros e seis chilenos, em suas telas, durante todos os voos. Com exibições feitas pela plataforma Latam Play, o a companhia aérea saiu na frente, promovendo a primeira edição do Latam Short Film Festival, que fica no ar até dia 31 de março de 2026. Eu estou escrevendo esse artigo para dizer que fiz parte deste trabalho como uma das visualizadoras do festival, ao lado de outros colegas da área. Como incentivadora de curtas há um bom tempo acho essencial este tipo de iniciativa de uma companhia área que recebe milhares de pessoas todos os dias abrindo uma oportunidade de entretenimento diferenciada, para que os passageiros tenham opção de assistir conteúdos, fora do circuito comercial. Não estou aqui para falar do processo de curadoria, pois eu nem poderia, porém como jornalista da área e espectadora e ex tripulante de voo, fiquei feliz de poder ver os filmes na telinha do avião (assisti tudo indo para Santiago).
E se na minha opinião este trabalho de diferentes janelas é tão importante para o nosso cinema da América Latina, para os cineastas é mais ainda. Ter seus filmes expostos para milhares de pessoas de diversas partes do mundo é um reconhecimento de seus trabalhos (alguns, com seus primeiros filmes). E o cinema da América Latina tem um potencial enorme para ser explorado. Desta primeira edição “Samba Infinito” de Leonardo Martinelli foi o vencedor do Brasil pelo júri oficial (formado por Vivi Pistache, Marcio Miranda Perez e José Humberto Gil Rincón) e “Cuarto de Hora”, de Nemo Arancibia, do Chile. Os dois filmes vencedores terão o privilégio de estar na próxima edição do Festival Internacional de Curta-metragem de Clermont-Ferrand, a convite da companhia, com todas as despesas pagas. Ou seja, estarão no maior festival de curtas do mundo. Para a cerimônia de premiação realizada em Santiago do Chile, a companhia convidou dois realizadores de cada curta para estarem presentes e assistirem seus filmes na tela do cinema. E foi uma tarde de muitos encontros e trocas entre os realizadores dos dois países.
“Temos uma responsabilidade e um orgulho muito grande de motivar e promover nossa região. Durante o último anos temos trabalhado em distintas iniciativas que apontam na mesma linha, promovendo talentos daqui e do Brasil associado a música, o avião solidário (iniciativa de transportar doentes, equipamentos e médicos, órgãos de transplante) que ajuda a comunidade dentro da América do Sul. E creio que demos um passo adiante com esse compromisso e com este festival de curtas-metragens. Estou muito orgulhoso. Graças a Latam Play (plataforma de entretenimento) mais de 7 milhões de pessoas viram os curtas que correram todo o mundo e a cada lugar e destino que chegavam, então pode-se imaginar a quantidade de gente e perfis de outros países, que finalmente assistiram. Acreditamos que talento do América do Sul deve ser visto, escutado e celebrado. Muito obrigado a todos que participaram e a toda organização do festival”, disse Jaime Cornejo, Gerente do Interior de Cabines e Entretenimento a Bordo e Conectividade, da Latam Airlines.
LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES DO LATAM SHORT FILM FESTIVAL 2025
Além dos vencedores, “Samba Infinito” e “Cuarto de Hora”, os outros 10 curtas que fizeram parte desta primeira edição foram:
BRASIL
Navio, de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real
O Despertar de Aiyra, de Duda Rodrigues
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni
Pioinc, de Alex Ri Ribondi e Ricardo Makoto
Vermelho de Bolinhas, de Joedson Kelvin e Renata Fortes Monte Franklin
CHILE
La Casa de Arena, de Luis Vicente Fresno
Marahoro, de Sofía Rodríguez Pizero
Petra Y El Sol, de Malu Furche y Stefania Malacchini
Ürsula, de Edison Cájas
Yaya, de Leticia Akel Escaráte
