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10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

Audiovisuais que modernizam com irreverência o sentido clássico da festa religiosa

Por Fabricio Duque

Páscoa. Segundo domingo de abril. Termo de origem religiosa que vem do latim Pascae. Ou Na Paska, na Grécia Antiga. Mas sua origem é dos hebreus, com Pesach, que significa passagem. Entre os judeus marca o Êxodo, guiados por Moises, que abriu o Mar Vermelho e libertou o povo aprisionado por anos de escravidão. Nesta data, come-se o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão. Para os Cristãos, a data representa a Ressurreição de Jesus Cristo, e conta a semana anterior a Páscoa como Semana Santa. E para todos, há a “páscoa dos chocolates”, simbolicamente figurada pelo Coelhinho, representando a fertilidade (o nascimento e esperança de novas vidas).

A festa Pessach, comemorada no mesmo período da cristã, é comemorada até hoje em obediência à ordem de Javé, transcrita na narrativa, que fala: “Comemorem esse dia como festa religiosa para lembrar que eu, o Senhor, fiz isso. Vocês e os seus descendentes devem comemorar a Festa da Páscoa para sempre.” Mas este ano, de 2020, está atípico e envolto em uma pandemia de proporções mundiais. Ficar em casa sem contato social é a ordem do dia. As igrejas estão sem fiéis. As mesquitas vazias. Mas a Páscoa precisa acontecer. O Papa Francisco nos conforta com mensagens humanizadas e humanitárias. E os judeus ultraortodoxos?

Pois é, a Páscoa agora pode ser celebrada pelo aplicativo de Videoconferência Zoom, pouco conhecido antes do COVID-19, que permite o compartilhamento de uma refeição, por exemplo. Os judeus de Israel aceitaram o impensável. Ainda que a lei judaica (halacha) proíba eletricidade durante a festa. Entre discordâncias e embasamentos, o mundo segue confinado. E nós do Vertentes do Cinema listamos as DEZ obras que reformulam a ideia clássica da Páscoa. Vamos lá!

O LEVANTE DA PÁSCOA (Rebellion, 2016, Série Netflix, Irlanda, Primeira Temporada, 5 Episódios)

A história é situada em 1916, quando um grupo com cerca de mil homens, liderados por James Connolly e Patrick Pearse, iniciou uma rebelião em Dublin, Irlanda do Norte, a qual ficou conhecida como a Revolta da Páscoa. Enfrentando as forças armadas, eles resistiram por quase uma semana. Neste meio tempo, Eamon DeValera, junto a outros líderes do movimento nacionalista, proclamou a independência da Grã-Bretanha. “Rebellion” (o título original) apresenta a história de personagens ficcionais vivendo um momento histórico. Disponível na Netflix.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

A ORIGEM DOS GUARDIÕES (Rise of the Guardians, 2012, Estados Unidos, 97 minutos, Animação, de Peter Ramsey)

As crianças do mundo inteiro são protegidas por um seleto grupo de guardiões: Papai Noel, Fada do Dente, Coelho da Páscoa e Sandman. São eles que garantem a inocência e as lendas infantis. Mas um espírito maligno, o Breu, pretende transformar todos os sonhos em pesadelo, despertando medo em todas as crianças. Para combater este adversário poderoso, a Lua designa um novo guardião para ajudar o grupo: Jack Frost, um garotinho invisível que controla o inverno. Sem conhecer sua própria vocação de guardião, ele embarca em uma aventura na qual vai descobrir tanto sobre as crianças quanto sobre seu próprio passado. Disponível na Netflix.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

A VIDA DE BRIAN (Monty Python’s Life of Brian, 1979, Reino Unido, 94 minutos, de Terry Jones)

Sátira irreverente sobre a visão de Hollywood em relação aos temas bíblicos e religiosos. Em 33 D.C. na Judéia, a sociedade sofre com a pobreza e a desordem. Brian Cohen (Graham Chapman) é um candidato a messias que se envolve em uma série de histórias hilárias, tornando-se cada vez mais importante entre todo o grupo. O filme é controverso devido a sua combinação de comédia e de temas religiosos. Entretanto, foi também muito popular com a audiência: em 2000, os leitores da revista Total Film votaram como a melhor comédia de todos os tempos; em 2004, a mesma revista nomeou como o quinto melhor filme britânico da História; em 2006 foi votado o melhor filme de comédia em duas votações separadas conduzidas pelo Channel 4 e Channel 5; e na Internet Movie Database, o filme aparece continuamente entre os 100 melhores. Disponível na Netflix.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

HOLIDAYS (2016, Estados Unidos, 105 minutos, de Kevin Smith e mais oito diretores)

Um filme antológico americano de horror de 2016. Do feriado da páscoa para um particular e macabro presente de Dia dos Namorados, o filme é repleto de histórias dos dias festivos do calendário, trazendo o mais subversivo lado de cada celebração.  Dirigido por Kevin Smith, Gary Shore, Adam Egypt Mortimer, Scott Stewart, Nicholas McCarthy, Dennis Widmyer e Kevin Kolsch, Sarah Adina Smith e Anthony Scott Burns. O filme teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Tribeca em 14 de abril de 2016. O segmento Páscoa é escrito e dirigido por Nicholas McCarthy, estrelado por Ava Acres, Petra Wright e Mark Steger. E conta a história de uma jovem garota que fica chocada ao acordar e ver o coelhinho da Páscoa chegando. Disponível na Netflix.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

EASTER BUNNY, KILL! KILL! (2006, Estados Unidos, 90 minutos, de Chad Ferrin)

Na noite anterior à Páscoa, um miserável Remington veste uma máscara de Coelhinho da Páscoa e rouba uma loja de conveniência com uma espingarda, atirando na boca do balconista. Remington é revelado como tendo encantado a vida da viúva Mindy Peters, uma enfermeira que vive com seu filho com paralisia cerebral, Nicholas, que Remington atormenta quando Mindy não está por perto. Enquanto tira o lixo, Nicholas faz amizade com um vagabundo desfigurado que lhe dá um coelho que ele afirma ser um coelhinho da Páscoa. Nicholas decide manter o coelho em segredo, mas é descoberto por Remington, que ameaça matá-lo se Nicholas disser algo ruim a Mindy. Procurei para rever, mas não está disponível em streaming. Quem tiver curiosidade, vale à pena. Um dos filmes mais trash que já vi na vida.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

JESUS CRISTO SUPERSTAR (Jesus Christ Superstar, 1973, Reino Unido, 108 minutos, de Norman Jewison)

Versão musical e pop dos últimos dias da vida de Jesus, a partir de sua chegada a Jerusalém. Figurinos e cenografia mesclam história e política, inserindo objetos como metralhadoras e tanques de guerra ao lado de lanças e palácios romanos. Adaptação cinematográfica da ópera rock homônima de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice , o filme é estrelado por Ted Neeley, Carl Anderson, Yvonne Elliman e Barry Dennen. O filme gira em torno do conflito entre Judas e Jesus[4][falhou verificação] durante a semana antes da crucificação de Jesus. Neeley e Anderson foram indicados para dois prêmios Globo de Ouro em 1974 por seus retratos de Jesus e Judas, respectivamente. Embora tenha atraído críticas de alguns grupos religiosos, comentários para o filme ainda foram positivos. Disponível no NOW. 

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

HOP – REBELDE SEM PÁSCOA (Hop, 2011, Estados Unidos, 95 minutos, de Tim Hill)

Junior (Russell Brand) é um coelho que adora tocar bateria e sonha em fazer sucesso com a música, mas seu pai (Hugh Laurie) deseja que ele dê continuidade à tradição de tornar-se o Coelho da Páscoa, seguida há quatro mil anos. Ele tenta convencer o pai de seu sonho, mas ele não lhe dá ouvidos. Desta forma, Junior parte para Hollywood, onde acredita que poderá enfim se tornar um grande astro. Ao chegar ele é quase atropelado por Fred Lebre (James Marsden), um jovem que tem sido pressionado pela família para que enfim consiga um emprego. Após a surpresa inicial por encontrar um coelho falante, Fred aceita levá-lo até a mansão que está cuidando, enquanto o dono está viajando. Lá eles se tornam amigos, com Fred ajudando Junior a conseguir espaço no cenário musical. Enquanto isso, o pai de Junior envia as boinas rosas no encalço do filho, sem perceber que uma conspiração está sendo organizada contra si. O filme não está mais disponível no catálogo da Netflix.

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QUANDO COMEMOS? (When Do We Eat?, 2005, Estados Unidos, 86 minutos, de Salvador Litvak)

A premissa é simples. Warren, a mãe, quer que este seja um evento especial, para que uma empresa de catering administrada por um homem russo (Ivanir) forneça uma refeição kosher. Eles também montaram uma barraca no quintal para a grande noite. O pai, no entanto, não está interessado em religião e está entediado com todos os costumes do Seder. Ele só quer continuar com a refeição, daí o título. Mais tarde, descobrimos que a mãe se esforçou todo esse tempo porque quer apoiar o filho que recentemente se tornou um chabad ba’al t’shuvah (judeu arrependido.) Mas a verdadeira diversão vem do fato de que o filho mais novo, um adolescente, foi recentemente pego usando drogas e o pai está longe de ter uma mente aberta sobre isso. O garoto sofre um choque de êxtase de um amigo que se confunde com o remédio do pai e, por isso, acaba tropeçando sem saber por todo o Seder.

10 Obras Que Reformulam a Ideia da Páscoa

A PAIXÃO DE CRISTO (The Passion of The Christ, 2004, Estados Unidos, 127 minutos, de Mel Gibson)

As últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré (James Caviezel). No meio da noite, Jesus é traído por Judas (Luca Lionello) e é preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos hebreus, que eram liderados por Caifás (Matti Sbraglia). Após ser severamente espancado pelos seus captores, Jesus é entregue para o governador romano na Judéia, Poncio Pilatos (Hristo Shopov), pois só ele poderia ordenar a pena de morte para Jesus. Pilatos não entende o que aquele homem possa ter feito de tão horrível para pedirem a pena máxima e eram os hebreus que pediam isto. Pilatos tenta passar a decisão para Herodes (Luca de Domenicis), governador da Galiléia, pois Jesus era de lá. Herodes também não encontra nada que incrimine Jesus e o assunto volta para Pilatos, que vai perdendo o controle da situação enquanto boa parte da população pede que Jesus seja crucificado. Tentando acalmar o povo e a província, que detesta, Pilatos vai cedendo sob os olhares incriminadores de Claudia (Claudia Gerini), sua mulher, que considera Jesus um santo. Disponível no Telecine e no Youtube. 

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JOIAS BRUTAS (Uncut Gems, 2019, Estados Unidos, Netflix, 135 minutos, de Benny Safdie e Josh Safdie)

A trama de Joias Brutas se passa em Nova York, primavera de 2012. Howard Ratner (Adam Sandler) é o dono de uma loja de joias, que está repleto de dívidas. Sua grande chance em quitar a situação é através da venda de uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia, cheia de minerais preciosos. Inicialmente Howard a oferece ao astro da NBA Kevin Garnett, um de seus clientes assíduos, mas depois resolve que conseguirá faturar mais caso ela vá a leilão. Para tanto, precisa driblar seus cobradores e a própria confusão que cria a partir de suas constantes mudanças. O almoço de Pesach (a Páscoa Judaica) em família é uma das cenas que vale à pena conferir.

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