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O cineasta inglês Guy Stuart Ritchie nasceu em 10 de setembro de 1968. Ganhou notoriedade pelo inovação cinematografica que fez logo no seu primeiro filme, chamado “Jogos, Trapaças e Dois canos Fumegantes”. Uma das características do seu cinema é a realização de um filme feito de homens para homens, por causa da sujeira, escuridão, submundo, bebedeiras, mulheres, cafajestagem, tiros, machismo, violência explícita, lutas, suor e sangue, tudo transpassado por uma fotografia estilizada quase sépia lembrando um faroeste moderno. Os protagonistas também são frágeis e para se defender disso, tornam-se abusados, chamados no popular de marrentos. Guy Ritchie utiliza-se do artificio de personificar detalhes, como por exemplo, a câmera que viaja de dentro de um cano de revolver até mostrar a pólvora explodindo.
O cineasta reinventa o gênero ação, porém vai muito mais além do que isso, porque são inseridos inúmeros saltos grandiosos e ações surreais que dependem do acaso, sempre facilitadas para a salvação do ‘mocinho’, filmado com camera nervosa na mão; alguns elementos de técnica do filme ‘Matrix’ e referências ao cinema blaxspotation de Quentin Tarantino. Guy Ritchie usa o típico humor inglês de galhofa, extremamente sarcástico e perspicaz, funcionando como um embate verborrágico de inteligência, de deboche pretensioso querendo ser pretensioso e de altivez exagerada. O diretor Guy Ritchie ficou oito anos casado com a popstar Madonna até o divórcio no ano de 2008. Teve dois filhos, Rocco e David. Quem acompanhou as fofocas, sabe da confusão que a relação deles estava. Mas vamos voltar ao que interessa. A filmografia do cineasta teve inicio com o curta-metragem “The hard case”, que fez tanto sucesso, que o projetou ao seu primeiro longa-metragem “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, de 1998, que lançou o ator Jason Statham (isteitam) no mercado. Com uma média de dois anos para cada filme, Guy fez “Snatch – Porcos e Diamantes”, com Brad Pitty, seguindo a mesma linha e estética do anterior. Como todos já sabemos, o amor é lindo, então o cineasta em questão aqui, quis homenageou a esposa Madonna, que também foi a atriz, com o filme “Destino Insólito”, um dos piores já realizados no mundo do cinema.
É aceitável e permitido o deslize de qualquer realizador, já que cada um é humano e todos os humanos não são perfeitos. Guy deu a volta por cima e retornou com a mesma técnica genial e inovadora em “Revolver” e “Rock´n´Rolla”, este último uma pequena obra de arte de estratégia no melhor estilo jogada de xadrez. O diretor Guy Ritchie, um ano após o sucesso do filme “Rock´n Rolla”, apresenta, em 2009, uma das maiores bilheterias da sua carreira, o longa-metragem “Sherlock Holmes”, que aborda uma nova visão sobre o detetive mais famoso do mundo, conhecido por usar lógica dedutiva e método científico para decifrar os casos nos quais trabalha. O detetive utiliza experiências sobre tudo que viveu, acrescentando o conhecimento necessário para chegar ao resultado. O cineasta escala o ator Robert Downey Jr., como protagonista e fornece uma reeleitura ao transformar o personagem num saudosista másculo, ‘sarado’, prepotente e caricato. No elenco, Jude Law e Mark Strong.
Em 2011, Guy resolveu fazer uma continuação. O filme “Sherlock Holmes: O jogo de sombras”, traz quase o mesmo elenco, com destaque para a atriz Noomi Rapace, de “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”. A parte dois conserva a atmosfera da anterior, porém escolhe inserir cenas mais verborrágicas e elipses fragmentadas. Sem o peso do anterior, o segundo parece ser mais comercial, menos novidade. Ultimamente, O Brasil adotou um modelo peculiar dos estrangeiros: trazer celebridades para que os filmes possam ser mais “consumidos” pelo público. O sucesso que se arrecada apenas pela presença do astro “tampa” buracos de qualidade técnica, como é o caso do último “Missão Impossível 4”, com Tom Cruise. Em “Sherlock Holmes 2 – O Jogo de Sombras”, os distribuidores apresentaram o ator principal, Robert Downey Jr., em sessão de gala e coletiva de imprensa. Devido à pressa da distribuidora Warner Bros em lançar o filme, o diretor Guy Ritchie teve que desistir de “Lobo” e Robert Downey Jr. deixou o elenco de “Cowboys & Aliens”.