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07/11 à 16/11: Arquivo Em Cartaz 2016 no Rio de Janeiro

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A Edição 2016

Arquivo em Cartaz surge vocacionado para divulgar e incentivar a realização de filmes com imagem de arquivo e para debater e refletir a preservação de acervos cinematográficos. Os filmes propriamente ditos e seus documentos relacionados, como roteiros, críticas, memórias, fotos e cartazes, ganham destaque em diferentes iniciativas. Não se trata do lançamento de mais um evento de cinema, mas de um espaço permanente de exibição, debate, formação e capacitação.

Pelo segundo ano consecutivo tiramos latas e estojos de filmes dos depósitos de arquivos e cinematecas para o merecido e necessário protagonismo no Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que tem como linha mestra, fio condutor, o arquivo de imagens em movimento.

Diversas atividades e iniciativas estão ligadas nesse fio, que nasceu vocacionado para divulgar e incentivar a realização de filmes com imagens de arquivo e para debater e refletir a preservação de acervos audiovisuais.

Em 2016 daremos um destaque especial ao samba nas homenagens, mostras especiais, mesas de debates, revista, exposição de documentos originais e apresentações musicais. Uma história de 100 anos, contada a partir do registro da partitura de Pelo telephone na Biblioteca Nacional, ultrapassa os limites do nosso recorte, mas isso não é um problema. A amostra do que será apresentado dará uma ideia do rico e valioso acervo que é preservado e disponibilizado para acesso pela principal instituição arquivística do país, o Arquivo Nacional, e também pelo Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Cinemateca Brasileira, Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

Muitos filmes revelam que a história do samba caminha paralela com a história do cinema brasileiro, mais notadamente a partir do advento e expansão do cinema sonoro. Na década de 1940 a Atlântida Cinematográfica explora o tema carnaval em suas comédias musicais. Rio, 40 graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos, tem trilha sonora de Radamés Gnattali e músicas do sambista Zé Keti, com grande destaque para A Voz do Morro (Eu sou o samba…). Três anos depois Grande Otelo deu vida ao personagem Espírito da Luz, um compositor de sambas no filme Rio, Zona Norte (1958), do também mestre do Cinema Novo. O papel fundamental das mulheres no samba está sendo narrado, por meio de imagens de arquivo e depoimentos, em produções mais recentes do cinema brasileiro. Damas do Samba (2015), de Susanna Lira, coloca musas, pastoras, tias, compositoras, passistas, madrinhas, carnavalescas, intérpretes e operárias como protagonistas da formação e desenvolvimento samba.

O modo de fazer cinema no Brasil e o samba representam um patrimônio fundamental para a identidade cultural do país. Além dos registros que estão distribuídos nas consagradas instituições do Estado, é necessário dar destaque o que foi produzido e o que está surgindo em comunidades e coletivos. Devemos pensar no arquivo do futuro, promovendo e incentivando a preservação de uma memória coletiva.

Vemos o arquivo como terreno fértil para a criação e formação. Um lugar de ação e movimento. Onde o mais antigo, raro e clássico deve conviver com o que há de mais contemporâneo, provocando revisões, ressignificações e, algumas vezes, desmistificações de histórias e personagens já consagradas.

De 7 a 16 de novembro estarão em cartaz no Arquivo Nacional, BNDES e Cine Arte UFF produções nacionais e estrangeiras recentes que utilizaram imagens de arquivo, filmes raros dos principais arquivos e cinematecas, documentários sobre samba, suas manifestações e personagens e clássicos do cinema brasileiro.

Nesta segunda edição fortalecemos e criamos novos laços com o objetivo de oferecer ao público uma programação marcada pela qualidade, diversidade, afeto e criatividade.

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