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Elizabeth Taylor

Elizabeth Taylor, ganhadora de dois Oscar, morreu nesta quarta-feira, dia 23 de março de 2011, aos 79 anos, no hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles, Estados Unidos. A atriz havia passado seis semanas internada com insuficiência cardíaca, segundo comunicado de sua agente publicitária, Sally Morrison. “Minha mãe era uma mulher extraordinária que viveu a vida ao máximo, com muita paixão, humor, e amor. Apesar de sua morte ser devastadora para aqueles que a mantiveram tão próxima e de forma tão querida, sempre seremos inspirados por sua contribuição duradoura ao nosso mundo”, disse em comunicado o filho da atriz Michael Wilding.

Suas frases: “O problema das pessoas sem vícios é que elas têm virtudes muito chatas”; “Agora eu não preciso mais pensar: ‘Ai, meu Deus, o que foi que eu disse ontem à noite?'” (sobre ter deixado de beber); “Se alguém é bobo o suficiente para me oferecer um milhão para fazer um filme, eu não vou ser boba de não aceitar” (sobre seu salário em “Cleópatra”); “Todas as vezes que eu me apaixonei, foi um tipo de amor casamenteiro. Foi o jeito como eu fui educada. A gente tinha que ‘legalizar’ tudo” (sobre seus sucessivos casamentos); “Michael Jackson e eu éramos muito parecidos. Ambos tivemos uma infância horrível” (sobre sua amizade com o cantor); “Eu, nem os críticos, nunca me levei muito a sério”; “Acho que estou finalmente ficando adulta. E já era tempo!” (em 1985, ao fazer 53 anos); “O sucesso é um ótimo desodorante. Ele tira todos os cheiros do passado”; “Você descobre quem são os seus amigos de verdade, quando se mete num escândalo”.

Elizabeth “Liz” Rosemond Taylor nasceu em Londres, 27 de fevereiro de 1932. Filha dos americanos, Francis Leen Taylor (1897–1968) e Sara Viola Rosemond Warmbrodt (1895–1994), mudaram-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There’s One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estreia em 1943 num pequeno papel da série Lassie.

A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estúdio tornou-se o maior sonho. Evoluindo como atriz talentosa e respeitada pela crítica, na década de 1950 filmaria dramas, como A Place in the Sun (Um Lugar ao Sol), com o ator Montgomery Clift; Giant (Assim Caminha a Humanidade), com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda The Last Time I Saw Paris (A Última Vez Que Vi Paris), ao lado de Van Johnson e Donna Reed.

Liz, como foi mais conhecida, foi reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos; a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta, emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra. Celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, é uma compulsiva colecionadora de jóias. Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e ao gritos, divertiu a plateia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir.

Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo). Seu primeiro casamento foi em 1950, mas durou apenas 1 ano. O mais famoso casamento foi com o ator britânico Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antológico Cleópatra, o dramático Who’s Afraid of Virginia Woolf? (Quem tem medo de Virgínia Woolf?), adaptação de texto do dramaturgo Tennessee Williams pela qual ela ganhou seu segundo Oscar, The Comedians (Os Farsantes) e The Taming of the Shrew (A Megera Domada), versão cinematográfica da célebre peça de Shakespeare.

Vencedora duas vezes do Oscar de melhor atriz, o primeiro em 1960 pelo papel da call-girl de BUtterfield 8 (Disque Butterfield 8). Nessa década, com o reconhecimento do prémio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo.Teve dois filhos com Michael Wilding: Michael Howard Taylor Wilding, nascido em 1953, e Christopher Edward Taylor Wilding, nascido em 1955. Com Michael Todd teve uma filha em 1957, chamada Isabel Francisca Taylor Todd.

Em 1975 adotou uma menina alemã juntamente com seu marido, Richard Burton, chamada Maria Taylor Burton. Foi amiga do cantor pop Michael Jackson, que dedicou-lhe vários de seus trabalhos, inclusive a canção “Liberian Girl”. Em 1997 a atriz passou por uma delicada cirurgia para remover um tumor do cérebro. No passado, a estrela também já teve problemas com o vício em álcool e drogas. Foi pioneira no desenvolvimento de ações filantrópicas, levantando fundos para as campanhas contra a AIDS a partir da década de 1980, logo após a morte de Rock Hudson.

A despeito de ter nascido fora dos EUA, em 2001 recebeu do presidente americano Bill Clinton a segunda mais importante medalha de reconhecimento a um cidadão norte-americano: a Presidential Citizens Medal, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos. Nessa época se agravaram os problemas de saúde, ganhando peso e sendo levada a internações recorrentes em hospitais.

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